Desafios da comunidade LGBTQIA+: do acesso à Informação ao Acolhimento nas Unidades de Saúde, numa perspectiva da deficiência na formação acadêmica/ Challenges of the LGBTQIA+ community: from access to information to reception in health units, in a perspective of deficiency in academic training

• Autor(a) principal: Oliveira, Julia Resende de
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Sousa, Gabrielle Izadora Ferreira de, Sobreiro, Júlia dos Santos Lima, Nascimento, Ana Maria Florentino
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/46713
• topic: lgbtqia; acessibilidade; acolhimento; preconceito; vulnerabilidade; saúde; educação.

A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, a PNISLGBT, contém práticas médicas e ações direcionadas para os cuidados dessa população, proporcionando melhoria da qualidade do acesso aos serviços da atenção básica. Entretanto, o entendimento e a aplicação adequada desta política dependem da boa formação e ensino médico humanizado e livre de preconcepções, concomitante com uma porta de entrada na atenção primária à saúde qualificada para receber esses indivíduos. A Política LGBT tem como marca o reconhecimento dos efeitos da discriminação e da exclusão no processo de saúde- doença da população LGBT. Suas diretrizes e seus objetivos estão, portanto, voltados para mudanças na determinação social da saúde, visando a redução das desigualdades nesta área. Ainda, a PNISLGBT enfatiza o compromisso do SUS com a universalidade, a equidade, a integralidade e com a efetiva participação da comunidade. Por isso, ela contempla ações voltadas para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, além do incentivo à produção de conhecimentos e o fortalecimento da representação do segmento nas instâncias de participação popular. Nesta perspectiva, este artigo busca relacionar os problemas enfrentados pela referida comunidade no cuidado à saúde em função do acesso à informação e no acolhimento por profissionais da saúde numa perspectiva das lacunas fincadas na formação acadêmica, contribuindo para o debate e visibilidade a esta temática em uma educação sem estereótipos ou preconceitos e incentivo a pesquisa.