Incidência de violência obstétrica em um centro de parto normal da Amazônia Ocidental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Silva, Jaqueline Francisco
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Pires, Kelly de Andrade, Cardoso, Lohayne Bonfá, Cruz, Jessica Reco, Lima, Késia Gomes Ferreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
DOI: 10.34119/bjhrv6n6-372
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65554
Resumo: A violência obstétrica caracteriza-se como um ato praticado pelos profissionais da saúde a mulher em trabalho de parto. Nesse contexto, a violência obstétrica, é considerada maus tratos físico, verbal e sexual, assim como realização de procedimentos desnecessários como a manobra de Kristeller, episiotomia de rotina, uso de medicação como ocitocina, proibição de acompanhante e cesareana sem indicação e sem consentimento da paciente. De acordo com estudos, uma em cada quatro mulheres já sofreram algum tipo de violência na atenção obstétrica. Assim, o momento que a parturiente passa por desrespeito e maus tratos durante seu parto afeta sua experiência, o que pode comprometer seu bem-estar físico e emocional. O objetivo desse estudo é descrever a incidência da violência obstétrica, com ênfase nos procedimentos de episiotomia e manobra de Kristeller em um centro de parto normal da Amazônia Ocidental. Trata-se de um estudo retrospectivo, com abordagem descritiva e qualiquantitativa. O presente estudo foi aprovado pelo CEP n.º parecer 4.867.445. O processo de amostragem foi coletado por meio dos registros de enfermagem do CPN (Centro de Parto Normal), em planilhas em Excel/Word, livros de registros e livro de relato de parto, durante o ano de 2018, nos meses de março a dezembro. Identificou-se o registro de 695 parturientes que tiveram parto normal. Na pesquisa foram coletados dados quanto às seguintes violências obstétricas e complicações, apresentando respectivamente as porcentagens: realização de Kristeller (8,20%), episiotomia (4,17%), indução (21%) e hemorragia pós-parto (3,74%). No livro de “Relato do meu Parto”,  houve relato de violência obstétrica sofrido pela parturiente “A anestesia não pegou e mesmo assim realizaram pontos, senti muita dor”. Conclui-se que através desse estudo foi evidenciado a incidência de violência obstétrica no CPN. O estudo também aponta o papel da enfermagem ao garantir acolhimento e cuidado durante o trabalho de parto. Assim, os autores sugerem o fortalecimento das boas práticas na humanização do parto, assim como a fomentação do respeito e a empatia ao momento único na vida da parturiente, o qual deve trazer recordações felizes, pelo nascimento do seu bebê.
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