Desmame precoce e depressão pós-parto: uma revisão sistemática: Early weaning and postpartum depression: a systematic review
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/51211 |
Resumo: | O Aleitamento Materno Exclusivo é benéfico tanto para a mãe quanto para o bebê e está sujeita a influência multifatorial de aspectos biopsicossociais. A prevalência da depressão pós-parto no Brasil é maior do que a média mundial, afetando aproximadamente 13-19% das mães seis meses após o parto. Estudos apontam que o Brasil é um dos países do mundo onde menos se segue as recomendações da OMS no que se refere à amamentação. Visto isso, vê-se a necessidade de investigar a relação entre o desmame precoce e quadros de depressão pós-parto. Este trabalho objetiva verificar a relação entre o desmame precoce e a depressão pós-parto, tendo como base uma revisão de literatura, feita com materiais coletados na base de dados como Pubmed e SciELO. Os dados demonstram que mulheres com depressão pós-parto estão mais propensas à comorbidades psiquiátricas como transtorno obsessivo-compulsivo, ideação suicida e pensamentos em prejudicar o bebê, quando comparadas às mulheres que apresentam essa sintomatologia em outros momentos da vida. Filhos dessas mulheres têm maior risco de desenvolver distúrbios emocionais, psicossociais e comportamentais a longo prazo, pois a depressão pós-parto pode prejudicar a interação socioafetiva mãe-filho. Sintomas depressivos influenciam a autoconfiança materna, causando efeito negativo no processo de aleitamento materno, principalmente quando exclusivo. É possível concluir que o aleitamento materno pode ser considerado um fator preventivo ao desenvolvimento de quadros de depressão pós-parto, visto que o ato de amamentar está relacionado a liberação de neurotransmissores importantes para regulação do estresse materno, como também fortalece o vínculo socioafetivo mãe-bebê. Recomenda-se mais estudos sobre associação entre a depressão pós-parto e o aleitamento materno, no sentido de instrumentalizar estratégias de apoio necessárias para as mães tanto durante o pré-natal quanto no puerpério. |
id |
BJRH-0_60799554e52813c79615f4e7c5466bed |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/51211 |
network_acronym_str |
BJRH-0 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Health Review |
repository_id_str |
|
spelling |
Desmame precoce e depressão pós-parto: uma revisão sistemática: Early weaning and postpartum depression: a systematic reviewdepressão pós-partoamamentaçãodesmame precoceO Aleitamento Materno Exclusivo é benéfico tanto para a mãe quanto para o bebê e está sujeita a influência multifatorial de aspectos biopsicossociais. A prevalência da depressão pós-parto no Brasil é maior do que a média mundial, afetando aproximadamente 13-19% das mães seis meses após o parto. Estudos apontam que o Brasil é um dos países do mundo onde menos se segue as recomendações da OMS no que se refere à amamentação. Visto isso, vê-se a necessidade de investigar a relação entre o desmame precoce e quadros de depressão pós-parto. Este trabalho objetiva verificar a relação entre o desmame precoce e a depressão pós-parto, tendo como base uma revisão de literatura, feita com materiais coletados na base de dados como Pubmed e SciELO. Os dados demonstram que mulheres com depressão pós-parto estão mais propensas à comorbidades psiquiátricas como transtorno obsessivo-compulsivo, ideação suicida e pensamentos em prejudicar o bebê, quando comparadas às mulheres que apresentam essa sintomatologia em outros momentos da vida. Filhos dessas mulheres têm maior risco de desenvolver distúrbios emocionais, psicossociais e comportamentais a longo prazo, pois a depressão pós-parto pode prejudicar a interação socioafetiva mãe-filho. Sintomas depressivos influenciam a autoconfiança materna, causando efeito negativo no processo de aleitamento materno, principalmente quando exclusivo. É possível concluir que o aleitamento materno pode ser considerado um fator preventivo ao desenvolvimento de quadros de depressão pós-parto, visto que o ato de amamentar está relacionado a liberação de neurotransmissores importantes para regulação do estresse materno, como também fortalece o vínculo socioafetivo mãe-bebê. Recomenda-se mais estudos sobre associação entre a depressão pós-parto e o aleitamento materno, no sentido de instrumentalizar estratégias de apoio necessárias para as mães tanto durante o pré-natal quanto no puerpério.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2022-08-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/5121110.34119/bjhrv5n4-199Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 4 (2022); 14382-14394Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 4 (2022); 14382-143942595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/51211/38434Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessAfonso, Luisalice MendesEsmeraldo, Liana de AndradeMartins, Cícera Monica da Silva SousaLima, Janaína CarneiroBorges, Mileide Estevanisa MirandaMarques, Tatiana CortêzSemedo, Flávia Eveline CorreiaCabral, Lavinya Augusta de Jesus Lima2022-08-31T18:00:00Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/51211Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2022-08-31T18:00Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Desmame precoce e depressão pós-parto: uma revisão sistemática: Early weaning and postpartum depression: a systematic review |
title |
Desmame precoce e depressão pós-parto: uma revisão sistemática: Early weaning and postpartum depression: a systematic review |
spellingShingle |
Desmame precoce e depressão pós-parto: uma revisão sistemática: Early weaning and postpartum depression: a systematic review Afonso, Luisalice Mendes depressão pós-parto amamentação desmame precoce |
title_short |
Desmame precoce e depressão pós-parto: uma revisão sistemática: Early weaning and postpartum depression: a systematic review |
title_full |
Desmame precoce e depressão pós-parto: uma revisão sistemática: Early weaning and postpartum depression: a systematic review |
title_fullStr |
Desmame precoce e depressão pós-parto: uma revisão sistemática: Early weaning and postpartum depression: a systematic review |
title_full_unstemmed |
Desmame precoce e depressão pós-parto: uma revisão sistemática: Early weaning and postpartum depression: a systematic review |
title_sort |
Desmame precoce e depressão pós-parto: uma revisão sistemática: Early weaning and postpartum depression: a systematic review |
author |
Afonso, Luisalice Mendes |
author_facet |
Afonso, Luisalice Mendes Esmeraldo, Liana de Andrade Martins, Cícera Monica da Silva Sousa Lima, Janaína Carneiro Borges, Mileide Estevanisa Miranda Marques, Tatiana Cortêz Semedo, Flávia Eveline Correia Cabral, Lavinya Augusta de Jesus Lima |
author_role |
author |
author2 |
Esmeraldo, Liana de Andrade Martins, Cícera Monica da Silva Sousa Lima, Janaína Carneiro Borges, Mileide Estevanisa Miranda Marques, Tatiana Cortêz Semedo, Flávia Eveline Correia Cabral, Lavinya Augusta de Jesus Lima |
author2_role |
author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Afonso, Luisalice Mendes Esmeraldo, Liana de Andrade Martins, Cícera Monica da Silva Sousa Lima, Janaína Carneiro Borges, Mileide Estevanisa Miranda Marques, Tatiana Cortêz Semedo, Flávia Eveline Correia Cabral, Lavinya Augusta de Jesus Lima |
dc.subject.por.fl_str_mv |
depressão pós-parto amamentação desmame precoce |
topic |
depressão pós-parto amamentação desmame precoce |
description |
O Aleitamento Materno Exclusivo é benéfico tanto para a mãe quanto para o bebê e está sujeita a influência multifatorial de aspectos biopsicossociais. A prevalência da depressão pós-parto no Brasil é maior do que a média mundial, afetando aproximadamente 13-19% das mães seis meses após o parto. Estudos apontam que o Brasil é um dos países do mundo onde menos se segue as recomendações da OMS no que se refere à amamentação. Visto isso, vê-se a necessidade de investigar a relação entre o desmame precoce e quadros de depressão pós-parto. Este trabalho objetiva verificar a relação entre o desmame precoce e a depressão pós-parto, tendo como base uma revisão de literatura, feita com materiais coletados na base de dados como Pubmed e SciELO. Os dados demonstram que mulheres com depressão pós-parto estão mais propensas à comorbidades psiquiátricas como transtorno obsessivo-compulsivo, ideação suicida e pensamentos em prejudicar o bebê, quando comparadas às mulheres que apresentam essa sintomatologia em outros momentos da vida. Filhos dessas mulheres têm maior risco de desenvolver distúrbios emocionais, psicossociais e comportamentais a longo prazo, pois a depressão pós-parto pode prejudicar a interação socioafetiva mãe-filho. Sintomas depressivos influenciam a autoconfiança materna, causando efeito negativo no processo de aleitamento materno, principalmente quando exclusivo. É possível concluir que o aleitamento materno pode ser considerado um fator preventivo ao desenvolvimento de quadros de depressão pós-parto, visto que o ato de amamentar está relacionado a liberação de neurotransmissores importantes para regulação do estresse materno, como também fortalece o vínculo socioafetivo mãe-bebê. Recomenda-se mais estudos sobre associação entre a depressão pós-parto e o aleitamento materno, no sentido de instrumentalizar estratégias de apoio necessárias para as mães tanto durante o pré-natal quanto no puerpério. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-08-16 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/51211 10.34119/bjhrv5n4-199 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/51211 |
identifier_str_mv |
10.34119/bjhrv5n4-199 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/51211/38434 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Review info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Health Review |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 4 (2022); 14382-14394 Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 4 (2022); 14382-14394 2595-6825 reponame:Brazilian Journal of Health Review instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
instname_str |
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
instacron_str |
BJRH |
institution |
BJRH |
reponame_str |
Brazilian Journal of Health Review |
collection |
Brazilian Journal of Health Review |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|| brazilianjhr@gmail.com |
_version_ |
1797240077282181120 |