Lesões autoprovocadas entre adolescentes em um estado do nordeste do Brasil no período de 2013 a 2017 / Self-provoked injuries among adolescents in a state of northeast Brazil from 2013 to 2017
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/22626 |
Resumo: | As violências auto provocadas são um grave problema de saúde pública com repercussões diversas na sociedade, possui causas variadas que vão desde fatores biológicos a socioculturais, que têm aumentado nos últimos anos. São definidas como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao corpo, sem intenção consciente de suicídio, no entanto, podendo culminar neste desfecho negativo. Visto isso, esta produção tomou como objetivou analisar os casos de lesões auto provocadas no estado de Pernambuco no período de 2013 a 2017 e discutir sobre este problema de saúde pública. Para isto, utilizou-se exclusivamente dados secundários, obtidos através do Sistema Informação de Agravos de Notificação (SINAN), referentes a frequência de lesões auto provocadas por adolescentes em Pernambuco, entre os anos de 2013-2017, em seguida estes foram organizados em planilhas do Excel 2016® para elaboração da análise e criação de gráficos e tabelas. Dentre os principais resultados, obteve-se que o número de lesões auto provocadas por adolescentes têm aumentado nos últimos anos e foi evidenciado que o silêncio da sociedade em relação ao tema, têm colaborado para este aumento, pois isto não é discutido e a sociedade, em geral, falha ao não notar ou ignorar estes sinais de sofrimentos de adolescentes e camuflando assim, esta problemática crescente na saúde pública, a falta de informação e explanação sobre os riscos dos comportamentos autodestrutivos também contribui para este agravamento. Foi identificado também, que a maioria dos casos registrados foram em adolescentes do sexo feminino em todo o período estudado constatando o sofrimento deste público, que pode estar relacionado com as questões de gênero e a herança machista que ainda persiste na sociedade brasileira, da submissão da mulher em relação ao homem. Com relação a raça/cor, notou-se uma predominância em pessoas pardas, seguida das brancas, entretanto ressalta-se a alta proporção (14,07%) de fichas com esse quesito ignorado, o que pode resultar em equívocos de interpretação. Visto isso, é urgente a necessidade de fortalecer as ações e programas voltadas a prevenção deste problema através da criação e efetivação de políticas públicas. Também é preciso capacitar os profissionais de saúde e àqueles que trabalham com adolescentes para que estes possam identificar indícios destas práticas e seja possível evitar o agravamento destas. Além da extrema importância de se colocar este assunto em pauta na sociedade e quebrar o com estigmas e o tabu criados socialmente sobre as autolesões e suicídio. |
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Lesões autoprovocadas entre adolescentes em um estado do nordeste do Brasil no período de 2013 a 2017 / Self-provoked injuries among adolescents in a state of northeast Brazil from 2013 to 2017ViolênciaComportamento do AdolescenteSaúde Pública.As violências auto provocadas são um grave problema de saúde pública com repercussões diversas na sociedade, possui causas variadas que vão desde fatores biológicos a socioculturais, que têm aumentado nos últimos anos. São definidas como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao corpo, sem intenção consciente de suicídio, no entanto, podendo culminar neste desfecho negativo. Visto isso, esta produção tomou como objetivou analisar os casos de lesões auto provocadas no estado de Pernambuco no período de 2013 a 2017 e discutir sobre este problema de saúde pública. Para isto, utilizou-se exclusivamente dados secundários, obtidos através do Sistema Informação de Agravos de Notificação (SINAN), referentes a frequência de lesões auto provocadas por adolescentes em Pernambuco, entre os anos de 2013-2017, em seguida estes foram organizados em planilhas do Excel 2016® para elaboração da análise e criação de gráficos e tabelas. Dentre os principais resultados, obteve-se que o número de lesões auto provocadas por adolescentes têm aumentado nos últimos anos e foi evidenciado que o silêncio da sociedade em relação ao tema, têm colaborado para este aumento, pois isto não é discutido e a sociedade, em geral, falha ao não notar ou ignorar estes sinais de sofrimentos de adolescentes e camuflando assim, esta problemática crescente na saúde pública, a falta de informação e explanação sobre os riscos dos comportamentos autodestrutivos também contribui para este agravamento. Foi identificado também, que a maioria dos casos registrados foram em adolescentes do sexo feminino em todo o período estudado constatando o sofrimento deste público, que pode estar relacionado com as questões de gênero e a herança machista que ainda persiste na sociedade brasileira, da submissão da mulher em relação ao homem. Com relação a raça/cor, notou-se uma predominância em pessoas pardas, seguida das brancas, entretanto ressalta-se a alta proporção (14,07%) de fichas com esse quesito ignorado, o que pode resultar em equívocos de interpretação. Visto isso, é urgente a necessidade de fortalecer as ações e programas voltadas a prevenção deste problema através da criação e efetivação de políticas públicas. Também é preciso capacitar os profissionais de saúde e àqueles que trabalham com adolescentes para que estes possam identificar indícios destas práticas e seja possível evitar o agravamento destas. Além da extrema importância de se colocar este assunto em pauta na sociedade e quebrar o com estigmas e o tabu criados socialmente sobre as autolesões e suicídio.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-01-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/2262610.34119/bjhrv4n1-011Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 1 (2021); 105-118Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 1 (2021); 105-1182595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/22626/18123Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessde Arruda, Laís Eduarda Silvade Arruda, Laís Eduarda Silvada Silva, Luís Robertodo Nascimento, Jonathan WillamsFreitas, Marcelo Victor de Arrudados Santos, Isadora Sabrina FerreiraSilva, José Thiago de LimaFreitas, Thiago da SilvaFerreira, Ricardo Joséde Oliveira, Emília Carolle Azevedo2021-04-12T15:35:59Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/22626Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2021-04-12T15:35:59Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
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