Leishmaniose tegumentar - doença tropical subestimada

• Autor(a) principal: Marçal, Juliane Montoril Dantas
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: Sachett, Mônica Linhares, Carvalho, Gisele Maria Pires Bezerra de, Gloria, Gessica Bazani, Ferreira, Kassia Bazani Gloria
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/68891
• topic: Leishmaniose; tegumentar; transmissão; etiologia; diagnóstico; tratamento

A leishmaniose tegumentar (LT) é uma doença parasitária causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, transmitida pela picada de flebotomíneos infectados. É endêmica em várias partes do mundo e afeta principalmente a pele e as mucosas do trato nasobucofaríngeo. A variedade de lesões cutâneas e mucosas que podem surgir, juntamente com a possibilidade de progressão para formas graves como leishmaniose mucocutânea, torna a LT uma condição de saúde pública significativa, com prevalência global estimada em 12 milhões de casos. A doença é diagnosticada com base em dados clínicos, epidemiológicos e testes laboratoriais, como o exame parasitológico direto, teste cutâneo intradérmico e testes moleculares. O tratamento varia de acordo com a gravidade e a localização das lesões, podendo incluir terapias locais ou sistêmicas, como antimoniais pentavalentes, azólicos, anfotericina B e outros. A prevenção da LT envolve a detecção de áreas endêmicas, a educação em saúde para conscientização da população sobre medidas de proteção contra picadas de insetos, como o uso de repelentes e roupas protetoras, e o controle de vetores, incluindo o tratamento de cães e o uso de coleiras inseticidas. Em suma, a LT é uma doença complexa que requer abordagens integradas de prevenção, diagnóstico e tratamento para mitigar seu impacto na saúde pública e reduzir sua incidência em todo o mundo.