Medidas farmacológicas e não farmacológicas para controle da dispneia em cuidados paliativos oncológicos: análise de prontuário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Sousa, Luiza Acsa Priscila Cutrim
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Mateus, Leilane Correia de Morais, Carvalho, Viviane Lemes da Silva, Reis, Débora Ferreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66873
Resumo: Introdução: A dispneia consiste em uma sensação de falta de ar de intensidade variável, subjetiva ao paciente. Corresponde a um dos sintomas mais debilitantes e angustiantes experimentados pelos pacientes oncológicos devido seu impacto na funcionalidade, participação social e qualidade de vida. Na fase avançada do câncer pode ser desafiador o manejo desse sintoma, pois os pacientes apresentam múltiplos sintomas associados, sofrimento psicossocial, preocupações espirituais e existenciais. Nesse contexto é indicado o envolvimento, o mais precocemente possível, de uma equipe interdisciplinar especializada em cuidados paliativos. Dentre os recursos utilizados nos cuidados paliativos para abordar aspectos multidimensionais no controle da dispneia incluem-se medidas farmacológicas e não farmacológicas. Objetivo Geral: Identificar as medidas farmacológicas e não farmacológicas mais prevalentes no controle de dispneia em pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo e retrospectivo com analise dos prontuários eletrônicos e prescrições de pacientes internados na enfermaria de Cuidados Paliativos Oncológicos do Hospital de Apoio de Brasília, realizado no período entre 01 julho de 2021 a 31 julho de 2022. Resultados: Como medida não farmacológica para o tratamento da dispneia, a maioria utilizou oxigenoterapia (79,4% n=100), sendo o cateter nasal mais utilizado (63% n=63). Foram realizadas também cinesioterapia (77,8% n=98), técnicas ou exercícios respiratórios (50,8% n=64), acupuntura (23,8% n=30). A medida menos utilizada foi a fonte de ar facial (3,2% n=4), apesar de sua recomendação na literatura. A medida farmacológica mais utilizada neste estudo foi a classe medicamentosa dos opióides (100% n=126), sendo aplicada em todos os pacientes elegíveis. Além dos opióides, os pacientes fizeram uso de corticóides (48,4% n=61), benzodiazepínicos (42% n=53) e em menor proporção de sedação paliativa (16,7% n=21).
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