Perfil dos pacientes diagnosticados com Carcinoma Espinocelular de Orofaringe e HPV positivos: revisão de literatura

• Autor(a) principal: Faria, Mikaela Laignier
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: Galarza, Maria Luíza Campos, Bessa, Isabela Leite, de Oliveira, João Gabriel Ribas, Zinis, Lucas Porfírio Fernandes, Rodrigues, Marco Antônio, Guimarães, Nicolle Jordaim, Ortega, Rose Mara
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66175
• topic: papilomavirus humano; orofaringe; uso de tabaco

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o papilomavírus humano (HPV) foi considerado como um importante fator no desenvolvimento do carcinoma espinocelular da orofaringe em todo o mundo. Além disso, a 8ª Edição do American Joint Committee on Cancer (AJCC) reconheceu os tumores HPV-positivos e HVP-negativos como entidades distintas. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre as características clínicas e histopatológicas do carcinoma espinocelular na região de orofaringe e HPV-positivos, caracterizando o perfil dos pacientes diagnosticados com esse tipo de tumor. Inicialmente realizamos uma busca por artigos científicos nas bases de dados PubMed (Medline), Scopus e Periódicos Capes, utilizando os termos oropharyns cancer and papilloma vírus human OR oropharyns cancer and tabacco, no período determinado de 10 anos. De acordo com os estudos revisados foi possível observar que os tumores HPV-positivos são mais comuns em pacientes do sexo masculino, de raça branca, jovens (40 – 59 anos) e sem associação com o tabaco. Os tumores HPV-negativos são mais comuns em pacientes do sexo masculino, em idade mais avançada e associados ao uso do tabaco e álcool. Histopatologicamente os tumores HPV-positivos são menos queratinizados do que os tumores HPV- negativos, além de serem bem diferenciados e com uma aparência mais basalóide. A diferenciação entre os tumores HPV-positivos e negativos é realizada pela marcação imunohistoquímica para proteína p16. A determinação do status do HPV pela marcação para proteína p16 é importante para determinar o tratamento e prognóstico dos pacientes. Os tumores HPV-positivos apresentam melhor prognósticos e taxa de sobrevida quando comparados com os tumores HPV-negativos.