A vivência da Acne e as suas consequências psicológicas / The Acne experience and its psychological consequences

• Autor(a) principal: Neves, Catarina Rebelo
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Dias, Carlos Augusto Amaral, Garcia, Jorge Torgal, Simões Dias, Sara Alexandra da Fonseca Marques
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/23199
• topic: Acne; Impacto psicológico; Qualidade de vida; Coping; Crenças.

Além da componente física, a Acne possui consequências psicológicas que podem afetar a qualidade de vida do paciente, a sua autoimagem e a sua autoestima.O presente estudo procurou identificar as características e o impacto psicológico associado à vivência subjetiva de ter Acne por parte de uma amostra composta por 1.666 sujeitos de nacionalidade portuguesa, com idade compreendida entre os 17 e os 49 anos, tendo-se dividido a amostra em três grupos: sujeitos sem Acne, sujeitos que tiveram Acne, e sujeitos com Acne. Aplicou-se um protocolo constituído por instrumentos para medir a qualidade de vida, a ansiedade, depressão e o stresse, as estratégias de coping, a alexitimia, e as crenças e comportamentos à volta da Acne.Com base nos resultados deste estudo, poder-se-á deduzir que  a qualidade de vida parece não sofrer qualquer impacto com a Acne ligeira. Sofre apenas um pequeno impacto com a Acne quando esta é percecionada como moderada ou grave. As crenças sobre a Acne são genericamente coincidentes com as crenças veiculadas pelos dermatologistas, o que indicia que os sujeitos da amostra estão bem esclarecidos sobre a Acne. A maioria dos sujeitos é não alexitimico, ou seja, não revela qualquer problema relacionado com a identificação, descrição e expressão dos sentimentos, emoções e sensações corporais. Apesar de não haver relação estatisticamente significativa entre indicadores de depressão e a ansiedade e a Acne, essa relação existe com o stresse, sendo a resposta ao mesmo através de estratégias de coping dominantemente adaptativas.