Índice de desenvolvimento humano e insuficiência renal: estudo comparativo do perfil de morbimortalidade nos estados de maranhão e Santa Catarina. / Human development index and renal failure: comparative study of morbidity and mortality profile in maranhão and Santa Catarina states

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Silva, Geanderson Santana
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Pires, Aline Maria Fatel da Silva, dos Santos, José Ismair de Oliveira, Custódio, Rafaella Maria Bezerra Pinheiro, Antunes, Ingrid Rocha, Alves, Cláudia Maria Pereira, Fonseca, Anna Marcela Lima, de Lemos, Dayane Lima Pereira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/22629
Resumo: Introdução: O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma das ferramentas importantes na avaliação das condições de qualidade de vida da população, a qual tem implicação direta no desenvolvimento de alguns agravos de saúde, a exemplo da insuficiência renal. Objetivo: Identificar o perfil de morbimortalidade da insuficiência renal aguda e crônica, nos estados de Santa Catarina (SC) e Maranhão (MA), e sua relação com o IDH. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e quantitativo, cujos dados foram coletados ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram escolhidos os estados de Santa Catarina e Maranhão por ocuparem os extremos do IDH. Utilizou-se das seguintes variáveis: sexo, faixa etária, raça/etnia, insuficiência renal aguda e crônica, internações, óbitos, média de permanência hospitalar e taxa de mortalidade. Todos os casos notificados, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019, foram incluídos neste estudo. Resultados e Discussão: Em SC (IDH = 0,808) foram 43.595 notificações, 56% do sexo masculino, com predomínio da faixa etária “60-69 anos” (21%), da raça/etnia “branca” (88%) e com média de permanência hospitalar de 7,5 dias; 10% foram a óbito, com uma taxa de mortalidade de 10,79 por cem mil habitantes.  Em relação ao MA (IDH =0,687), foram notificados 20.818 casos, maioria do sexo masculino (54%), com a faixa etária mais prevalente de “50-59 anos” (18%), sendo 62% com raça/etnia ignorados. A média de permanência hospitalar foi de 9,9 dias. Do total de casos analisados, 11% evoluíram para óbito, sendo a taxa de mortalidade de 11,13 por cem mil habitantes. Percebe-se divergências entre SC e MA no que diz respeito ao agravo estudado, levando-se em consideração a localização e heterogeneidade dos estados analisados. O estado de Santa Catarina, com melhor IDH, apresenta maior número de casos de internação por insuficiência renal, entretanto possui uma taxa de mortalidade inferior ao Maranhão, bem como uma menor média de dias de hospitalização. Esses comportamentos ocorreram em decorrência do melhor acesso à saúde, maior investimento em qualidade de vida e diagnóstico precoce. Conclusão: Dessa forma, observa-se que o IDH mantém relação direta com o desenvolvimento e o desfecho da insuficiência renal, estabelecendo relação diretamente proporcional entre as variáveis.
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