Substituição transcateter da valva aórtica: uma revisão integrativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Luiz Augusto Castro
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Coelho , Olga Simões, Carvalho, Gabriel Oliveira Saud, Pires, Marco Túlio de Oliveira, Silva, Antony Pereira de Faria, Oliveira, Augusto Zanetti de Paiva, Reis, Maria Eduarda Cordeiro, Maurício , Júlia Godinho Vecchio, Cunha, Bernardo Andrade Gontijo, Leite, Bárbara Luíza Hordones
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/60683
Resumo: Introdução: A estenose da válvula aórtica (EA) é a cardiopatia valvar mais comum em países desenvolvidos, o que representa um forte impacto na saúde pública. As três causas principais de EA são: valvopatia reumática, esclerose e anomalia congênita. Ao diagnóstico precoce por ecocardiografia, usualmente os pacientes relatam dispnéia e angina aos esforços e pré-síncope. Classicamente, em casos avançados, as manifestações incluem angina, síncope e insuficiência cardíaca (IC). A substituição valvar é a primeira linha de tratamento da EA grave sintomática. Nesse sentido, considerando a crescente evolução técnica e melhoria dos dispositivos implantáveis, destaca-se o implante transcateter de valva aórtica (TAVR) como alternativa à substituição cirúrgica da valva aórtica (SAVR).  Objetivo: Analisar as evidências atuais acerca da TAVR e comparar os desfechos clínicos dos pacientes submetidos a esse procedimento e à SAVR. Métodos: Revisão integrativa de 20 estudos encontrados na base de dados PubMed, a partir dos descritores “aortic stenosis” e “transcatheter aortic valve replacement”, utilizando os filtros idioma inglês, publicação nos últimos 10 anos e estudos dos tipos ensaio clínico, meta-análise e revisão sistemática. Resultados:  Os estudos mostraram, em geral, maior necessidade de implante de marcapasso permanente em pacientes submetidos à TAVR, bem como maior regurgitação paravalvar em comparação com aqueles que passaram pela SAVR. Ambos os grupos apresentaram melhora similar na classe funcional NYHA. Além disso, os dados não mostraram diferença significativa de deterioração estrutural valvar (SVD) a médio prazo nos dois grupos, tampouco de mortalidade e de acidente vascular encefálico (AVE) incapacitante em até 8 anos. Conclusão: Foi possível compreender que, para pacientes de alto e médio risco cirúrgico, as evidências suportam a TAVR como alternativa à SAVR devido ao perfil de segurança e aos desfechos clínicos semelhantes. Contudo, ainda faltam estudos para indicar assertivamente o procedimento aos pacientes de baixo risco. Vale salientar a necessidade de mais pesquisas envolvendo as novas gerações das biopróteses valvares e o seguimento de pacientes a longo prazo a fim de determinar precisamente a SVD.
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