Associação entre o uso de benzodiazepínicos e antidepressivos e a gravidade da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bottaro, Gabriel Barros
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Ferreira, Laura Bastos, Guimarães, Roberto Becker, Santos, Rodrigo Cesar Rocha, Goncalves, Ronan Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62699
Resumo: A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) caracteriza-se pela obstrução parcial ou completa da via aérea superior, de forma intermitente e recorrente. Decorre de colapsos da região faríngea, propiciando redução substancial do fluxo aéreo, determinando apneia ou hipopneia. Está associada a diversos sintomas e comorbidades, como sonolência excessiva diurna, déficit cognitivo, depressão, obesidade, redução da qualidade de vida, elevação dos riscos de acidentes laborais, de trânsito e de risco para doença vascular cardioencefálicas, entre outras. Pacientes acometidos queixam-se de má qualidade do sono, tornando-se candidatos ao uso de medicamentos hipnóticos. Há estudos que relacionam a SAOS ao desenvolvimento de depressão. Associar o uso de benzodiazepínicos e antidepressivos à gravidade da SAOS em pacientes adultos diagnosticados por Polissonografia em clínica privada de Belo Horizonte, entre abril e julho de 2022. Trata-se de um estudo transversal, composto por 526 pacientes que se submeteram à Polissonografia para avaliação da presença e grau de apneia/hipopneia. Também foi aplicado um questionário para complementação dos dados. A associação entre grupos foi feita através do teste Qui Quadrado. Não houve associação entre o uso de benzodiazepínicos e o diagnóstico de SAOS (p = 0,078), nem entre o uso de antidepressivos e o diagnóstico de SAOS (p=0,175). Quanto às variáveis polissonográficas analisadas, há associação estatística entre o uso das medicações e alterações nas fases do sono. Usuários de benzodiazepínicos não apresentaram diferença quanto à gravidade de SAOS. Quanto aos usuários de antidepressivos, há mais pacientes classificados com SAOS moderado/grave que leve ou normal.
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