Automedicação em gestantes de alto risco de uma maternidade de referência do estado do Ceará / Self-medication in high risk pregnant womem from a reference maternity in the state of Ceará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Sandna Larissa Freitas dos
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Lopes, Emeline Moura, Magalhães, Aline Rebeca de Sousa, Lima, Joelson Pinheiro de, Oliveira, Rainne Almeida de, Mormino, Karla Bruna Nogueira Torres, Otoni, Kaléu Mormino, Néri, Eugenie Desirèe Rabelo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/8753
Resumo: A automedicação no período gestacional possui riscos elevados, tendo em vista o grande número de medicamentos considerados de alto risco ou teratogênicos, os aspectos farmacocinéticos modificados em mulheres durante a gravidez e a possibilidade da presença de comorbidades que influenciam diretamente a segurança da gestação. Nesta perspectiva, este estudo teve por objetivo verificar a automedicação em gestantes de alto risco assistidas numa Maternidade Escola de referência do estado do Ceará. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado na Maternidade Escola Assis Chateaubriand – (MEAC) localizada em Fortaleza – CE, com 950 gestantes atendidas no ambulatório Materno-Fetal no período de fevereiro a agosto de 2018. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista, após a consulta de pré-natal de alto risco ou naquelas gestantes que estavam devidamente reguladas, mas à espera da consulta no momento da pesquisa, por meio de um questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas. O estudo mostrou o elevado percentual de gestantes com idade de 29 a 39 anos, casadas (81,1%), com ensino médio completo (80,2%), habitando em residência alugada, (76,5%) e com renda de até 1 salário mínimo. Quanto ao perfil obstétrico, a maior parte das mulheres (56.57%) eram nulíparas e afirmaram estar no segundo trimestre (71.71%) de gestação. A Hipertensão e Diabetes gestacional foram as doenças de alto risco mais prevalentes com respectivamente, 39% e 24,2%, confirmando as condições clínicas preexistentes que caracterizam uma gestação de alto risco. O uso de medicamentos pela prática da automedicação foi considerado baixo, comparado aos dados obtidos em outros estudos, confirmada por 10% (n=95) das entrevistadas. Quanto a classificação FDA de risco ao feto, houve maior prevalência da Categoria C com 53,3% dos medicamentos. Nesse cenário, é fato que o consumo de medicamentos pela automedicação em gestantes é uma questão de saúde pública, verificando a necessidade de formulações de políticas de orientações do uso seguro, bem como ações que previnam o consumo elevado percebendo a viabilização de intervenções educativas pode então promover a conscientização dos riscos inerentes aos medicamentos.
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