Síndrome compartimental aguda em membro inferior direito: um relato de caso: Acute compartment syndrome in the lower right limb: a case report

• Autor(a) principal: Silva, Bianca Sousa e
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Mendonça, Vitória Maritzzi Costa, Oliveira, Amanda Carolina Galvão de, Prates, Giovanna Cordeiro, Silva, Phablio José, Silva, Olegário Indeburgo Rocha Vidal
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/53493
• topic: Síndrome do Compartimento Anterior; Síndromes Compartimentais; fraturas ósseas; fasciotomia; lesão

A Síndrome Compartimental Aguda (SCA) é a elevação da pressão intersticial intracompartimental, associada à redução crítica do fluxo sanguíneo no compartimento, que pode acarretar em isquemia e necrose dos tecidos e comprometimento funcional. Sua incidência é predominante entre os jovens e a fratura da diáfise tibial é a causa mais frequente (36% dos casos), seguindo de lesão de partes moles (23%), fratura distal do rádio (9,8%), na diáfise do antebraço (7,9%), diáfise do fêmur (3%), platô tibial (2,5%) e pé (1,8%). Sabe-se que mecanismos de alta energia causa lesões mais graves, que, no caso relatado, localizava-se na tíbia proximal, possuindo um aumento substancial do risco de desenvolvimento de SC. Os primeiros sinais e sintomas clínicos incluem dor, edema, parestesia, palidez, pulsação ausente, hipoestesia e paralisia. O diagnóstico é essencialmente clínico e deve ser realizado o (quanto antes) mais breve possível, por se tratar de uma emergência cirúrgica em todos os casos. O atraso na identificação e na instauração do tratamento (fasciotomia) pode causar danos irreversíveis, como amputação do membro e contraturas. O tratamento é realizado pela fasciotomia, procedimento cirúrgico no qual a fáscia muscular é cortada visando a descompressão muscular e a restauração da circulação. O objetivo deste estudo é relatar um caso de fratura do platô tibial que evoluiu para SC, tendo a fasciotomia de emergência como tratamento. Ressalta-se a importância do diagnóstico precoce e abordagem cirúrgica em caráter de urgência para o sucesso do tratamento e assim, reduzir sequelas e complicações para o paciente.