Síndrome metabólica: compreendendo e combatendo uma epidemia moderna

• Autor(a) principal: Coleho, Luiza Rocha Pinto
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Passos, Jhon Rollyman Carvalho, de Arruda, Pablo Delano Porfirio, Rodovalho, Thailane Irineu de Morais
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65269
• topic: síndrome metabólica; abordagem multidisciplinar; gerenciamento clínico

O texto aborda a complexidade da Síndrome Metabólica, destacando sua epidemiologia global, as tendências demográficas e a interação de fatores genéticos e ambientais na sua etiologia. Discute-se o impacto clínico, incluindo as graves consequências para a saúde individual e a carga significativa para os sistemas de saúde. As estratégias terapêuticas são analisadas, salientando a combinação de tratamentos farmacológicos, mudanças de estilo de vida e a importância dos programas de educação e prevenção. A tecnologia emerge como uma ferramenta valiosa, com a telemedicina e os dispositivos digitais facilitando o gerenciamento da condição. A conclusão sublinha a necessidade de uma abordagem integrada e tecnologicamente apoiada para combater a Síndrome Metabólica. METODOLOGIA: A metodologia para revisão da literatura sobre Síndrome Metabólica envolveu a busca sistemática em bases de dados como PubMed, EMBASE e Cochrane Library. Foram utilizadas palavras-chave e combinações de termos relacionados à Síndrome Metabólica, tratamento e abordagens multidisciplinares. A seleção inicial baseou-se em títulos e resumos que atendiam aos critérios de inclusão: estudos em inglês, publicados nos últimos 15 anos. Após a triagem inicial, foi realizada a leitura integral para avaliar a relevância. Os dados extraídos incluíram autor, ano, amostra, metodologia e resultados principais. A qualidade dos estudos foi avaliada por meio de uma ferramenta de avaliação de risco de viés.  INTRODUÇÃO: A Síndrome Metabólica (SM) é uma constelação de distúrbios metabólicos que, em conjunto, constituem um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Caracterizada pela presença de obesidade central, hipertensão, dislipidemia e resistência à insulina, a SM é um reflexo alarmante das tendências de saúde global contemporâneas, marcadas pelo aumento da sedentariedade e pelo consumo de dietas hipercalóricas. A importância da Síndrome Metabólica transcende o risco aumentado de doenças crônicas; ela sinaliza também mudanças preocupantes nos padrões de saúde pública e desafia os sistemas de saúde a adaptarem-se para gerir um problema multifacetado. O crescente fardo econômico associado ao tratamento das suas consequências exige uma atenção imediata e abordagens inovadoras. A SM não é apenas uma condição médica, mas também um indicador social e ambiental, refletindo as complexas interações entre genética, ambiente e comportamento. A sua prevalência crescente em jovens e adultos é um reflexo direto das mudanças globais no estilo de vida e no ambiente obesogênico, tornando-a uma questão de saúde pública prioritária. Este artigo tem como objetivo contextualizar a Síndrome Metabólica dentro do espectro de doenças crônicas não transmissíveis e discutir sua relevância no cenário atual de saúde. Será dada atenção especial às estratégias preventivas e terapêuticas, sublinhando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar e integrada para combater esta condição complexa.