O uso do Transamin (TXA) no Hematoma subdural crônico (HSDC)/ Transamin (TXA) in Chronic Subdural Hematoma (CSDH)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Belchior, Ana Clara Fernandes
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Bastos, Arthur de Melo Monteiro, Almeida, Beatriz Luna Coutinho de, Castro, Brenda Macedo de Almeida e, Lira, Daniele Azevedo, Pereira, Henrique de Lacerda
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/39454
Resumo: Introdução: O Hematoma Subdural Crônico (HSDC) é uma condição neurocirúrgica comum, em que os pacientes sintomáticos são, em geral, tratados com trepanação e drenagem. Estudos, porém, sugerem que o uso de TXA pode prevenir quadros sintomáticos e recorrências pós-cirúrgicas. Neste trabalho, tais evidências serão revisadas. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica qualitativa que incluiu artigos publicados entre os anos de 2006 e 2020. As buscas foram realizadas nas bases de dados bibliográficas PubMed, Scielo e Google Scholar, a partir de artigos científicos escritos em inglês e português. Discussão: O 1º estudo sobre o tema avaliou 18 pacientes com HSDC tratados apenas com TXA. Observou-se redução do volume dos hematomas, média de 55,6 ml para 3,7 ml, e ausência de recorrência ou progressão destes. Porém, um questionário sobre terapêuticas utilizadas por neurocirurgiões no HSDC mostrou que, em relação ao tratamento conservador, 21% adotam essa conduta regularmente. Dentre esses, o uso de TXA é adotado por 45%, mas só é utilizado raramente. Um relato de caso demonstrou a eficácia do TXA para HSDC em pacientes em anticoagulação. Após recorrências do HSDC, na 5ª cirurgia, utilizaram-se doses de TXA, com resolução dos sintomas e, após 9 meses, ausência de hematoma residual. Estudo comparou pacientes com e sem uso de TXA após o tratamento cirúrgico: os volumes residuais encontrados foram menores no grupo que recebeu a medicação, e não foram evidenciados efeitos colaterais do TXA. Uma revisão sistemática foi feita com 26 estudos randomizados controlados em andamento, com 5 estudos analisando o uso de TXA, avaliando sua eficácia tanto como monoterapia quanto adjunto ao cirúrgico. Um protocolo de tratamento conservador (TRACS) tem sido proposto e encontra-se em fase IIB e propõe realizar 20 mg/kg/48h EV em 1 mês e em seguida 10 mg/kg/48h VO, com suspensão do TXA após resolução completa na TC de crânio. Conclusão: É evidente que os últimos estudos realizados demonstram certo benefício no uso de TXA em pacientes com HSDC, no entanto, não está claro ainda se maior benefício seria atingido naqueles pacientes em tratamento apenas conservador ou cirúrgico associado, ou ainda quais critérios seriam utilizados para indicar o uso do medicamento.
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