Ampulectomia transduodenal e a adaptação cirúrgica focada no paciente: Um relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Ponte, Isabelle Meneses
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: de Macêdo, Davi Teixeira, Leite, Ana Eloisa Nóbrega Araújo, de Aguiar, Aron Abib Castro, Leal, Renato Mazon Lima Verde, Goes, Annya Costa Araújo de Macedo, Almeida, Alexandra Mano, Costa, Marcelo Leite Vieira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/59182
Resumo: Tumores da Ampola de Vater são entidades clínicas raras, em sua maioria adenocarcinomas, e em menor frequência do tipo neuroendócrino. O tratamento inclui ressecções endoscópicas e cirúrgicas, que podem ser extensas ou locais. Objetivo: Relatar um caso de Tumor Neuroendócrino de ampola em uma paciente idosa, que foi submetida a uma Ampulectomia Transduodenal. Relato: Paciente do sexo feminino, 83 anos, apresentou quadro de anorexia, icterícia progressiva, colúria e acolia fecal. Ecoendoscopia evidenciou lesão de 2,2 cm na ampola. Indicado o tratamento cirúrgico, no qual optou-se pela Ampulectomia Transduodenal. Após biópsia da peça cirúrgica, o estudo imunohistoquímico indicou Tumor Neuroendócrino grau III (Ki67 > 80%) Paciente evoluiu bem e foi seguida por 8 meses com relativa estabilidade clínica e sem complicações relativas ao tratamento cirúrgico ou a doença de base. Discussão: Os tumores neuroendócrinos correspondem a menos de 2% dos tumores da ampola. O tratamento mais indicado é a Duodenopancreatectomia, que promove um melhor controle locorregional e possibilita a obtenção de margens oncológicas, apesar de estar associado a complicações graves. Ressecções mais conservadoras como a endoscópica e a ampulectomia transduodenal estão associadas a menor morbimortalidade mas possuem a desvantagem do menor controle oncológico. Em pacientes bem selecionados, a Ampulectomia Transduodenal demonstrou taxas de sobrevida semelhantes à duodenopancreatectomia e com menor morbidade. Fatores associados à ausência de metástase linfonodal e obtenção de margem livre, incluindo tamanho, grau e diferenciação histológica, devem ser avaliados como preditores de sucesso terapêutico. Além disso, deve se considerar o status clínico na escolha. Conclusão: a ampulectomia transduodenal é uma opção que deve ser considerada no tratamento dos tumores da ampola, sendo particularmente eficaz em casos selecionados e em pacientes sem performance para duodenopancreatectomia.
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