Migrânea crônica - perspectivas atuais e desafios futuros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Scuassante, Bianca Castoldi
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Vieira, Bruno Henrique, Granzieri, Isabela Abade, Ferreira, João Vítor Gonçalves, Negrini Junior, Luciano Stefanato
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66985
Resumo: A enxaqueca emerge como um grave problema neurológico global, sendo o principal motivo de busca por atendimento na Atenção Primária. A Organização Mundial da Saúde destaca sua prevalência, especialmente entre mulheres, atingindo 18%, e sua persistente influência na incapacidade, representando uma carga econômica significativa. A enxaqueca crônica, definida por cefaleias frequentes, impacta 2% da população mundial, gerando desafios sociais e econômicos. Embora os mecanismos fisiopatológicos ainda não sejam totalmente compreendidos, fatores genéticos, alterações neurais e disfunções em áreas cerebrais específicas parecem contribuir para a cronificação da enxaqueca. O diagnóstico, baseado em anamnese e exame físico, reserva exames de imagem para casos atípicos. O manejo da enxaqueca crônica abrange desde medidas comportamentais, como mudanças no estilo de vida, até terapias neuromoduladoras não invasivas. O tratamento farmacológico inclui medicações abortivas e profiláticas, sendo os anticonvulsivantes e antidepressivos algumas opções. Tratamentos mais invasivos, como a aplicação de toxina botulínica e intervenções cirúrgicas, são disponíveis, mas sua eficácia e indicações são limitadas. A enxaqueca, classificada como a sexta doença mais prevalente no mundo, exige abordagens multifacetadas para reduzir sua recorrência, aliviar sintomas debilitantes e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O desafio persiste na compreensão completa de seus mecanismos e na busca por intervenções mais eficazes.
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