Tromboelastometria e outras atualizações no atendimento inicial ao choque no trauma / Thromboelastometry and other updates in the initial care for trauma shock

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Navarro, Karolayne Coelho
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Teixeira, Nathalia Layce Noronha, Masson, Izabela Fernanda Ribeiro, Bueno, Kássia Rejane Oliveira, de Souza, Antonio Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/26304
Resumo: 1 INTRODUÇÃOO manejo do paciente traumatizado é renovado a cada quatro anos pelo manual Advanced Trauma Life Support (ATLS) e treinamento médico desenvolvido pelo American College of Surgeons. Assim, esta revisão do ATLS traz as novas atualizações do capítulo referente à abordagem inicial ao paciente com choque no trauma. 2 METODOLOGIACom o propósito de se alcançar o objetivo deste estudo, foi realizado uma revisão sistemática de literatura e uma análise rigorosa do capítulo de choque ATLS 9ª edição do ano de 2014 em comparação com a 10ª edição lançado em 2018. Além disso, foi utilizado um artigo científico publicado em 2017, disponível na base de dados SciELO, e encontrado por meio do descritor “Tromboelastometria”. 3 DISCUSSÃOEntre as atualizações quanto ao atendimento inicial do choque, tem-se a alteração do cateter venoso alibre 14 para menor (até 18), utilizando-o para obter apenas um acesso periférico e repondo 1L de cristaloide. Ainda, modificou a regra de 3:1, em que a cada 1mL de sangue perdido repõe 3mL de cristaloide, para de 1:1:1, em que repõe 1 concentrado, 1 plaqueta e 1 plasma fresco. Após esse volume avalia-se a necessidade de transfusão sanguínea. Considerando a tríade letal, hipotermia, acidose e distúrbios na coagulação, a avaliação precisa dos componentes de hemoderivados, passa a recomendar a   Tromboelastometria (TEM). A TEM é expressa em  um gráfico com quatro pontos de avaliação, o Clotting Time (CT), o Ângulo Alfa (AA), a Maximum Clot Firmness (MCF) e Maximum Lysis ML). O CT equivale ao tempo até começo da formação do coágulo, quando prolongado significa deficiência dos fatores de coagulação, sendo necessário plasma fresco congelado. O AA é a angulação descrita pelo estado de coagulabilidade do paciente e avalia a necessidade de fibrinogênio, quanto mais agudo mais hipocoagulável, o obtuso é a tendência a hipercoagulabilidade. O MCF indica a qualidade do coágulo, quedas na amplitude indica carência de plaquetas. O ML interpreta a fibrinólise, quando reduzido aponta a demanda de Ácido Tranexâmico afim de reduzir a mortalidade do paciente. 4 CONCLUSÃORecentemente as recomendações para a abordagem inicial ao paciente com trauma grave e choque foram revistas. A partir da análise percebe-se que se deixou para trás aquela ideia de hiperhidratar o paciente, além de ter demonstrado a importância da TEM. Dessa forma, a TEM fornece dados objetivos para indicar as necessidades reais de hemoderivados resultando em menor mortalidade no trauma grave. 
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