Análise epidemiológica da Sífilis Congênita em um hospital secundário do Distrito Federal: Epidemiological analysis of Congenital Syphilis in a secondary hospital in the Federal District

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pena, Paolla Bomfim Nascimento
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Fernandes, Geraldo Magela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/52619
Resumo: Introdução: A sífilis é uma infecção bacteriana causada pelo treponema pallidum, sendo uma doença curável, de fácil tratamento e exclusiva do ser humano. Em 2019, foram notificados no Brasil cerca de 24.130 casos de sífilis congênita, tendo a região sudeste (44,6%) e nordeste (26,3%) com a maior concentração dos casos. No Distrito Federal, segundo último boletim epidemiológico de sífilis, a taxa de incidência da sífilis foi de 23,4 casos de sífilis em gestantes a cada 1.000 nascidos vivos, a regiões de Saúde Leste e Oeste registraram os maiores coeficientes de detecção em gestantes, 34,4 e 33,4, por 1.000 nascidos vivos. Objetivo: analisar o perfil epidemiológico dos recém-nascidos com sífilis congênita na maternidade do Hospital Regional de Sobradinho (HRS). Resultados: Cerca de 69,5% dos recém-nascidos tiveram diagnóstico de sífilis congênita e 30,4% foram considerados RNs expostos à sífilis. Os fatores que influenciaram o RN ser classificado com sífilis congênita foi mãe inadequadamente tratada em 54,55% dos casos; exame físico do RN alterado em 18,18%; cartão da gestante sem registro adequado em 18,18% e VDRL do RN maior que o materno em 9,09% dos casos. O sexo feminino (52,2%), o intervalo de peso entre > 2. 501g e < 4000g (78,3%) e a idade gestacional entre 38 a 41 semanas (87%) foram mais frequentes entre os RNs. 17,4% tiveram exame físico alterado e 47,8% tinham alguma comorbidade associada. Não houve comprometimento neurológico em nenhum dos 23 RNs incluídos neste estudo. O tempo de internação médio foi de 15,5 dias. Cerca de 47,8% dos RNs tiveram complicações, entre os onze RNs que tiveram alguma complicação, icterícia esteve presente em 72,3% dos casos. Conclusão: Observamos que cerca de 70% dos RNs foram classificados como RNs com sífilis congênita, principalmente devido a situação maternas como tratamento inadequado ou falta de preenchimento de informações básicas no cartão da gestante. Além disso, é importante destacar que 30% dos RNs que estavam em tratamento com antibiótico terapia endovenosa no serviço não tinham indicação, segundo as diretrizes de tratamento de infecções sexualmente transmissíveis de 2020, para internação com uso de penicilina cristalina já que foram classificados apenas com RNs expostos a sífilis.
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