Tratamento da alergia alimentar na população pediátrica: novas abordagens acerca do manejo da alergia à proteína do leite de vaca (APLV)

• Autor(a) principal: Marquetti, Larissa Emanoelle Gonçalves
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Souza, Lara Maria Luz, de Santis, Ester Azevedo, da Silva, Adailton, Oliveira, Ana Paula da Silva, Barcelos, Renato Porto, Soares, Tainá Gleice Dias Justo, Gomes, Rosane Campista, Longo, Juliano Peixe, Saraiva, Tarso Gomes, Gonçalves, Thamires Cristina Dantas
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/64884
• topic: alergia ao leite de vaca; pediatria; tratamento; estudo randomizado

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é um diagnóstico comum em bebês e crianças, com uma prevalência em torno de 3% no público infantil em países desenvolvidos, a qual pode ser responsável por deficiências nutricionais caso não seja corretamente tratada. O presente estudo de revisão buscou avaliar novos avanços na abordagem terapêutica da alergia à proteína do leite de vaca (APLV) em crianças, documentados por meio de ensaios clínicos randomizados. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada por meio da base de dados PubMed, que levou em consideração os seguintes critérios de inclusão: testes controlados e randomizados; artigos publicados nos últimos 02 anos (2021-2023); que possuíam texto completo disponível e que abordassem acerca do manejo da APLV na população pediátrica. Ficou constatado que a imunoterapia oral em crianças com APLV possibilitou taxas significativamente mais altas de testes de provocação alimentar oral negativos, além de reduções nos níveis de IgE específicas do leite de vaca, com uma maior ingestão de leite ao longo dos anos sem efeitos adversos graves. Além disso, uma fórmula à base de aminoácidos (AAF) se mostrou bem tolerada em pacientes com APLV, sendo considerada uma opção dietética eficaz em crianças que não respondem bem à fórmulas hidrolisadas ou com formas graves da doença. Por fim, o produto proteico iAGE se mostrou seguro em crianças com APLV, apesar da falta de evidências na demonstração de benefícios com o uso da formulação empregada.