Investigação clínica-epidemiológica da astrocitopatia por proteína glial fibrilar ácida autoimune: uma revisão narrativa / Clinical-epidemiological investigation of autoimmune glial fibrillar acid protein astrocytopathy: a narrative review
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/16046 |
Resumo: | Introdução: A astrocitopatia por proteína glial fibrilar ácida (GFAP) autoimune foi recentemente descrita e resulta em quadro clínico de meningoencefalomielite que afeta meninges, cérebro, medula espinal e nervo óptico. Tal quadro inflamatório ocorre devido à produção de autoanticorpos para a GFAP (anti-GFAP) e recrutamento local de infiltrato inflamatório, os quais podem ser utilizados como biomarcadores específicos.Objetivos: O trabalho visa estreitar relação entre profissionais da saúde e esta doença emergente ainda pouco relatada no Brasil, descrevendo às análises clínicas e laboratoriais, terapêuticas e à gravidade desta patologia e suas comorbidades potencialmente associadas.Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa. Selecionou-se como estratégia de busca na U.S. National Library of Medicine (PubMed - NCBI) os descritores “neuroimunomodulação”, “astrócitos” e “proteína glial fibrilar ácida”, presentes nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), além do nome da doença em inglês (“Autoimmune Glial Fibrillary Acidic Protein Astrocytopathy”).Resultados: Encontrou-se 66 artigos sendo selecionados 23 que se enquadravam no escopo do trabalho. A astrocitopatia por GFAP é uma condição rara, porém subdiagnosticada. Os principais achados clínicos são cefaleia subaguda, sintomas mielopáticos, edema do disco óptico, tremor, ataxia, rigidez do pescoço, instabilidade autonômica, confusão e comprometimento cognitivo progressivo. O diagnóstico é confirmado pela detecção de anticorpos anti-GFAP (IgG) no líquido cefalorraquidiano (LCR), estando estes diretamente relacionados a astrocitopatia e ao dano astrocítico. O tratamento no estágio agudo inclui corticosteroides endovenosos em altas doses, imunoglobulina intravenosa (IVIG) e plasmaférese. A longo prazo são utilizados esteroides orais e imunossupressores.Conclusão: Apesar da patogênese da doença ainda não ser completamente conhecida, observamos afecção principalmente em meninges, cérebro, medula espinal e nervo óptico, estando os auto-anticorpos (Anti-GFAP) diretamente relacionados ao dano aos astrócitos podendo ser utilizados como principal biomarcador da doença, mas ela permanece em um quadro de subdiagnóstico na maioria das vezes. |
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Investigação clínica-epidemiológica da astrocitopatia por proteína glial fibrilar ácida autoimune: uma revisão narrativa / Clinical-epidemiological investigation of autoimmune glial fibrillar acid protein astrocytopathy: a narrative reviewNeuroimunomodulaçãoAstrócitosProteína Glial Fibrilar Ácida.Introdução: A astrocitopatia por proteína glial fibrilar ácida (GFAP) autoimune foi recentemente descrita e resulta em quadro clínico de meningoencefalomielite que afeta meninges, cérebro, medula espinal e nervo óptico. Tal quadro inflamatório ocorre devido à produção de autoanticorpos para a GFAP (anti-GFAP) e recrutamento local de infiltrato inflamatório, os quais podem ser utilizados como biomarcadores específicos.Objetivos: O trabalho visa estreitar relação entre profissionais da saúde e esta doença emergente ainda pouco relatada no Brasil, descrevendo às análises clínicas e laboratoriais, terapêuticas e à gravidade desta patologia e suas comorbidades potencialmente associadas.Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa. Selecionou-se como estratégia de busca na U.S. National Library of Medicine (PubMed - NCBI) os descritores “neuroimunomodulação”, “astrócitos” e “proteína glial fibrilar ácida”, presentes nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), além do nome da doença em inglês (“Autoimmune Glial Fibrillary Acidic Protein Astrocytopathy”).Resultados: Encontrou-se 66 artigos sendo selecionados 23 que se enquadravam no escopo do trabalho. A astrocitopatia por GFAP é uma condição rara, porém subdiagnosticada. Os principais achados clínicos são cefaleia subaguda, sintomas mielopáticos, edema do disco óptico, tremor, ataxia, rigidez do pescoço, instabilidade autonômica, confusão e comprometimento cognitivo progressivo. O diagnóstico é confirmado pela detecção de anticorpos anti-GFAP (IgG) no líquido cefalorraquidiano (LCR), estando estes diretamente relacionados a astrocitopatia e ao dano astrocítico. O tratamento no estágio agudo inclui corticosteroides endovenosos em altas doses, imunoglobulina intravenosa (IVIG) e plasmaférese. A longo prazo são utilizados esteroides orais e imunossupressores.Conclusão: Apesar da patogênese da doença ainda não ser completamente conhecida, observamos afecção principalmente em meninges, cérebro, medula espinal e nervo óptico, estando os auto-anticorpos (Anti-GFAP) diretamente relacionados ao dano aos astrócitos podendo ser utilizados como principal biomarcador da doença, mas ela permanece em um quadro de subdiagnóstico na maioria das vezes.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2020-09-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/1604610.34119/bjhrv3n5-016Brazilian Journal of Health Review; Vol. 3 No. 5 (2020); 11556-11574Brazilian Journal of Health Review; v. 3 n. 5 (2020); 11556-115742595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/16046/13137Copyright (c) 2020 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessPimenta, Amanda SoaresFerrareto, Natalia SantanaCastro, Gabriel Donato eMachado, Alex MartinsSilva, Kelly Regina Torres daGazarini, LucasSilva, André Valério da2020-11-02T15:54:24Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/16046Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2020-11-02T15:54:24Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
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