Investigação clínica-epidemiológica da astrocitopatia por proteína glial fibrilar ácida autoimune: uma revisão narrativa / Clinical-epidemiological investigation of autoimmune glial fibrillar acid protein astrocytopathy: a narrative review

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pimenta, Amanda Soares
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Ferrareto, Natalia Santana, Castro, Gabriel Donato e, Machado, Alex Martins, Silva, Kelly Regina Torres da, Gazarini, Lucas, Silva, André Valério da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/16046
Resumo: Introdução: A astrocitopatia por proteína glial fibrilar ácida (GFAP) autoimune foi recentemente descrita e resulta em quadro clínico de meningoencefalomielite que afeta meninges, cérebro, medula espinal e nervo óptico. Tal quadro inflamatório ocorre devido à produção de autoanticorpos para a GFAP (anti-GFAP) e recrutamento local de infiltrato inflamatório, os quais podem ser utilizados como biomarcadores específicos.Objetivos: O trabalho visa estreitar relação entre profissionais da saúde e esta doença emergente ainda pouco relatada no Brasil, descrevendo às análises clínicas e laboratoriais, terapêuticas e à gravidade desta patologia e suas comorbidades potencialmente associadas.Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa. Selecionou-se como estratégia de busca na U.S. National Library of Medicine (PubMed - NCBI) os descritores “neuroimunomodulação”, “astrócitos” e “proteína glial fibrilar ácida”, presentes nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), além do nome da doença em inglês (“Autoimmune Glial Fibrillary Acidic Protein Astrocytopathy”).Resultados: Encontrou-se 66 artigos sendo selecionados 23 que se enquadravam no escopo do trabalho.  A astrocitopatia por GFAP é uma condição rara, porém subdiagnosticada. Os principais achados clínicos são cefaleia subaguda, sintomas mielopáticos, edema do disco óptico, tremor, ataxia, rigidez do pescoço, instabilidade autonômica, confusão e comprometimento cognitivo progressivo. O diagnóstico é confirmado pela detecção de anticorpos anti-GFAP (IgG) no líquido cefalorraquidiano (LCR), estando estes diretamente relacionados a astrocitopatia e ao dano astrocítico. O tratamento no estágio agudo inclui corticosteroides endovenosos em altas doses, imunoglobulina intravenosa (IVIG) e plasmaférese. A longo prazo são utilizados esteroides orais e imunossupressores.Conclusão: Apesar da patogênese da doença ainda não ser completamente conhecida, observamos afecção principalmente em meninges, cérebro, medula espinal e nervo óptico, estando os auto-anticorpos (Anti-GFAP) diretamente relacionados ao dano aos astrócitos podendo ser utilizados como principal biomarcador da doença, mas ela permanece em um quadro de subdiagnóstico na maioria das vezes.
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