US point of care no diagnóstico diferencial de colapso cardiovascular periparto
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62614 |
Resumo: | Introdução: A cardiomiopatia periparto (PPCM) é uma doença rara, caracterizada por redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). Os fatores de risco contam com: idade materna avançada, hipertensão arterial, pré-eclâmpsia, gestações gemelares, descendência africana, uso de drogas. Atualmente a etiologia é desconhecida, mas fatores genéticos, inflamatórios e autoimune são apontados como possíveis causas. O diagnóstico é feito a partir da suspeita com pelo menos 03 critérios clínicos, sendo eles, presença de insuficiência cardíaca no final da gestação ou no puerpério, disfunção sistólica ventricular esquerda com FEVE < 45%, ausência de outras patologias que expliquem o quadro. Relato de caso: paciente, 26 anos, gestação gemelar monocoriônica, diamniótica, sem comorbidades. Evoluiu no pós parto após dequitação com hipotensão, opressão torácica, náuseas, vômitos e dispneia, com manutenção de hipotensão apesar de doses crescentes de noradrenalina. Realizado ultrassonografia ecocardiograma focado / POCUS, identificado hipocontratilidade difusa do ventrículo esquerdo. Posteriormente foi realizado um ecocardiograma transtorácico que confirmou a hipótese diagnostica de miocardiopatia periparto, com hipocontratilidade difusa do ventrículo esquerdo (VE), e FEVE de 35%. Discussão: Atualmente, o padrão ouro para o diagnóstico é o ecocardiograma, mas outros exames realizados são peptídeo natriurético cerebral (BNP) e pró-BNP N-terminal, eletrocardiograma e radiografia de tórax. Neste estudo, a ultrassonografia point of care (POCUS) foi o exame utilizado para diagnóstico e definição de conduta, além de auxiliar na exclusão dos diagnósticos diferenciais aventados ao caso. O prognóstico e tratamento dependem da gravidade, nova gravidez, amamentação e sinais de instabilidade. A paciente em questão, após a alta, foi orientada ao acompanhamento cardiológico e realização de ecocardiogramas periódicos, com melhora espontânea da função ventricular. Conclusão: A PPCM deve ser diagnosticada e tratada com rapidez para que haja um melhor desfecho para a paciente. Sendo assim, se faz necessário profissionais experientes e exames de imagem de fácil acesso e manuseio, como o POCUS. Para isso, é necessário que as equipes sejam treinadas e protocolos focados em ultrassonografia a beira leito sejam estabelecidos, dessa forma se torna possível excluir diagnósticos diferenciais em pacientes hemodinamicamente instáveis e confirmar a PPCM, como aconteceu no caso em questão. |
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