Efeitos da posição prona em pacientes com COVID-19 / Effects of prone position in patients with COVID-19

• Autor(a) principal: Flor, Mônica Alves
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: de Oliveira, Karina Díaz Leyva, de Oliveira, Alessandro Fernandes
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/44297
• topic: COVID-19; pronação; Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo.

Introdução: Diante da necessidade de reduzir a demanda por ventilação mecânica invasiva, no contexto da COVID-19, novas estratégias em terapia intensiva estão sendo utilizadas, dentre elas a posição prona. O mecanismo da pronação baseia-se no recrutamento no dorso das regiões pulmonares, aumentando o volume expiratório final bem como da elasticidade da parede torácica, provocando diminuição do shunt alveolar e melhorando o volume corrente. Objetivo: descrever as evidências científicas acerca dos efeitos da posição prona em pacientes com COVID-19. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nos bancos de dados do Google Acadêmico e BVS. Os descritores utilizados foram: “COVID-19” e “posição prona”. Foram selecionados 5 artigos de um total de 171, publicados nos anos de 2020 e 2021. Resultados: As evidências sugerem que a aplicação precoce da ventilação prolongada na posição prona diminui a mortalidade em 28 e 90 dias em pacientes com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) grave. Além disso, a posição prona pode ser útil em casos de insuficiência respiratória hipoxêmica leve e moderada, evitando a necessidade de ventilação mecânica e as complicações associadas ao ventilador. Quando se prolonga essa posição por no mínimo 12 horas por dia, diminui drasticamente a mortalidade nesses pacientes com síndrome respiratória aguda. Conclusão: O uso da posição prona precoce em pacientes com COVID-19 demonstra-se bastante eficaz na melhora da oxigenação e redução do desconforto respiratório. Além disso, evita a necessidade de ventilação mecânica em pacientes com insuficiência respiratória leve e moderada e diminui a mortalidade em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo grave.