Abordagem clínica do paciente com transtorno obsessivo compulsivo: uma revisão de literatura

• Autor(a) principal: Sales, Ana Paula Pereira
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Guimarães , Ana Carolina Campos Moraes, Garcia, Iara, Naciff, Bianca Marques, Santos, Bruno Lacerda, Tanuri, Eduardo Bezerra, Martins, Ingrid Louregian, Borges, Lauren Cristielly Ferreira, Cardoso, Letícia Ribeiro, Tourinho, Maria Mariana dos Santos, Batista, Matheus Maciel, Alves, Priscila Souza Sarmento, dos Santos Filho, Ricardo Diniz, de Souza, Thamirys Sartori, Toqueton, Tainá Rodrigues
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: eng
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63334
• topic: transtorno obsessivo-compulsivo; tratamento farmacológica; terapia cognitivo-comportamental

Introdução: O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é uma condição psiquiátrica complexa e debilitante que afeta indivíduos de todas as idades. O manejo clínico adequado desse transtorno é crucial para promover a qualidade de vida dos pacientes e reduzir o impacto negativo dos sintomas obsessivos e compulsivos em seu bem-estar físico e emocional. Objetivo: Este artigo de revisão sistemática de literatura tem como objetivo sintetizar as evidências científicas disponíveis sobre a conduta clínica diante do paciente com Transtorno Obsessivo-Compulsivo. O estudo visa analisar as melhores práticas terapêuticas, incluindo intervenções farmacológicas e psicológicas. Metodologia: Foi conduzida uma revisão sistemática da literatura, utilizando a ferramenta PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), para identificar estudos clínicos, ensaios controlados e revisões sistemáticas relevantes publicados em bases de dados científicas. Discussão: A análise da literatura permitiu identificar as principais abordagens terapêuticas utilizadas na conduta clínica diante do TOC. Foram encontradas evidências que destacam a eficácia das terapias cognitivo-comportamentais (TCC) e a utilização de inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs) como tratamentos de primeira linha em adultos com TOC. Em crianças e adolescentes, a combinação de TCC com ISRSs também se mostrou efetiva. Além disso, intervenções neuromodulatórias, como a estimulação magnética transcraniana repetitiva (rTMS), surgem como uma opção promissora para casos resistentes ao tratamento convencional. Conclusão: A revisão sistemática evidenciou a importância de uma abordagem multidisciplinar na conduta clínica diante do paciente com Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Terapias cognitivo-comportamentais e o uso adequado de medicamentos têm demonstrado ser as estratégias mais eficazes no tratamento do TOC em diferentes faixas etárias. No entanto, é essencial considerar as características individuais dos pacientes, a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento ao tomar decisões clínicas. Novas pesquisas são necessárias para preencher as lacunas de conhecimento e aprimorar ainda mais as opções terapêuticas disponíveis para essa condição clínica complexa.