Protocolo de transfusão maciça na emergência: uma revisão sistemática / Massive emergency transfusion protocol: a systematic review
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/23363 |
Resumo: | 1 INTRODUÇÃOA primeira transfusão com sangue humano foi atribuída a James Blundell, em 1818, que após realizar com sucesso experimentos em animais, transfundiu sangue em mulheres com hemorragias pós-parto (SCHMOTZER et al., 1985). De acordo com o Protocolo de Transfusão Maciça no Trauma de Uberlândia (2018), hemorragia é a principal causa evitável de morte em pacientes traumatizados, sendo necessária a realização da transfusão maciça de sangue, já que a aplicação precoce dos protocolos reduz a mortalidade em 25%. 2 OBJETIVOEste trabalho visa a realização de uma revisão sistemática sobre o protocolo de transfusão maciça na emergência, abordando historicamente sua utilização e suas implementações e importância no cenário atual. 3 METODOLOGIAPara realizar esta revisão, foram utilizadas publicações sobre o tema localizadas em bases de dados nacionais e internacionais, livros e sites de instituições reconhecidas na área.4 RESULTADOS E DISCUSSÃOA circulação e controle de hemorragia fazem parte da terceira etapa (C) do ABCDE do trauma, protocolo utilizado mundialmente para os primeiros atendimentos de vítimas que sofreram algum tipo de traumatismo ou acidente. A definição de hemorragia é a perda de volume sanguíneo de forma aguda (ATLS®, 2012). Nas hemorragias internas, as origens principais compreendem as áreas do tórax, abdômen, retroperitônio, bacia e ossos longos. Esse tipo de hemorragia é a principal causa de choque no trauma, e deve ser rapidamente identificado por meio do exame físico, ultrassonografia direcionada para o trauma (FAST) e/ou exames radiológicos. O objetivo do tratamento é realizar o controle da hemorragia e reestabelecer o volume sanguíneo adequado. As hemorragias são divididas em quatro classes, sendo a classe IV a que tem mais de 40% de perda sanguínea. Os sinais e sintomas incluem taquicardia acentuada, diminuição significativa da pressão sistólica, pressão diastólica não mensurável e vasoconstricção cutânea (ATLS®, 2012). Tais pacientes usualmente exigem transfusão maciça, definida atualmente como > 10 unidades de pRBCs (concentrado de hemácias), plasma e plaquetas em proporção equilibrada, nas primeiras 24 horas da admissão ou mais de 4 unidades em 1 hora (ATLS®, 2018). Quando o paciente necessita de mais de 10 bolsas de hemácia em 24h, ou > 4 bolsas em 1 hora, recomenda-se transfusão empírica de plasma e plaquetas na proporção 1:1:1. O atual protocolo difere do antigo (ATLS®, 2012) na regra de reposição, na qual era válida a proporção de 3:1, indicando reposição de 300ml de solução eletrolítica para cada 100ml de perda sanguínea. É valido lembrar que é perigoso esperar a realização da classificação fisiológica da hemorragia, então todo paciente deve receber reposição de fluídos e controle da hemorragia quando apresentar os sinais iniciais do choque, até que se prove o contrário. 5 CONCLUSÃOConclui-se que o seguimento dos protocolos é essencial para o sucesso no tratamento do paciente que necessite de transfusão maciça. O atual protocolo permite constatar que a administração precoce de PRBCs ajuda a diminuir o fornecimento de cristaloides, aumentando a sobrevida do paciente. |
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