Preservação da fertilidade em pacientes oncológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rezende, Larissa Cardoso
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Oliveira, Augusto Zanetti de Paiva, de Almeida, Camila Lamounier Lellis, Coelho, Olga Simões, Reis, Maria Eduarda Cordeiro, Neto, Sylvano Neves Fioravanti, Tavares, Luiza Dayrell Ferreira, Rasuck, Mariane de Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/61748
Resumo: Introdução: O câncer se desenvolve através de células que se multiplicam desordenadamente, e que podem ser originárias de diversos tecidos e órgãos. Em mulheres, as neoplasias do sistema reprodutor apresentam elevada incidência, e também um novo desafio na abordagem terapêutica, a preservação da fertilidade das pacientes. Objetivos: Analisar as evidências atuais acerca da perda e preservação de fertilidade em pacientes oncológicas. Metodologia:  Revisão integrativa baseada em artigos científicos encontrados nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), SCIELO, MEDLINE e LILACS a partir da combinação dos descritores “Preservação da fertilidade”, “Oncologia”, “Neoplasias ovarianas” e “Neoplasias de mama”. Os critérios de inclusão foram: estudos realizados num período de dez anos (2013 a 2023), em português ou inglês, disponíveis gratuitamente. Foram excluídos artigos publicados anteriormente ou não relacionados ao tema. Por fim, 29 estudos foram selecionados para a realização da revisão. Discussão: O tratamento dos tumores ginecológicos pode envolver a remoção de órgãos reprodutivos e o uso de agentes terapêuticos como a radioterapia e a quimioterapia, que podem gerar disfunção ovariana e toxicidade para as gônadas, culminando em um quadro de infertilidade. A criopreservação é um método muito utilizado para preservar os oócitos ou mesmo embriões já formados, para posterior realização de fertilização in vitro. Para pacientes pediátricos, surge a técnica de preservação de tecido ovariano, que pode ser reimplantado na paciente, mas o método ainda está sob análise. Além disso, existe a opção de transpor os ovários, nos casos da realização de radioterapia pélvica, para outros locais onde não serão atingidos, e também de supressão do estímulo ovariano em casos de uso de terapias gonadotoxicas, objetivando reduzir o efeito destas sobre o órgão. Conclusão: Os avanços na área permitem a preservação da fertilidade em muitas pacientes e corroboram para o investimento em novas pesquisas e desenvolvimento de métodos, para que cada vez mais mulheres em tratamento oncológico possam ter a possibilidade de gerar um filho de forma segura.
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