Insegurança alimentar e nutricional e interface com fortificação alimentar com múltiplos micronutrientes em pó na implementação da estratégia nutrisus no Brasil: revisão integrativa da literatura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
DOI: | 10.34119/bjhrv7n2-023 |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/67779 |
Resumo: | A Insegurança Alimentar e Nutricional (InSAN), dentre outras consequências, pode acarretar na deficiência de micronutrientes, como ferro e vitamina A. A deficiência desses micronutrientes durante o desenvolvimento infantil pode causar diferentes comprometimentos como cognitivo, físico e neurológico, especialmente em crianças menores de 24 meses. Para atender a essas necessidades de nutrição na infância e reduzir as deficiências de micronutrientes, várias intervenções nutricionais foram e são utilizadas no Brasil e no mundo. O Brasil desenvolveu e iniciou a implementação da Estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó – NutriSUS, que se fundamentou na distribuição de sachês com 15 micronutrientes em pó, adicionados em uma das refeições destinadas às crianças de seis a 48 meses matriculadas em Centros Municipais de Educação Infantil. Nessa perspectiva, os objetivos desta pesquisa foram relacionar as experiências de implementação e uso da fortificação caseira com múltiplos micronutrientes em pó (MNP) no Brasil e no mundo com os determinantes da InSAN e; avaliar a implantação da estratégia NutriSUS e a perspectiva das merendeiras sobre a estratégia em municípios brasileiros. Trata-se de uma revisão integrativa, realizada em duas etapas, no período de fevereiro de 2021 a maio de 2022, mediante consultas e avaliação de artigos nas bases de dados Scopus, Web of Science, Lilacs e Periódicos Capes. Um total de 20 artigos foi relacionado. Verificou-se que uma das consequências da InSAN é a ocorrência de deficiências nutricionais na infância e que dentre os determinantes relacionados a esse efeito, destacam-se os referentes aos indicadores econômicos, nutricionais, sociodemográficos e de saúde das comunidades. Esse fato é um dos motivos da Organização Mundial da Saúde recomendar a utilização de MNP em países com altas taxas de anemia e baixa ou média renda. Quanto à eficácia da implantação da estratégia NutriSUS notou-se a importância do envolvimento intersetorial para o enfrentamento de entraves e para a solução das particularidades, frente às diferentes realidades vivenciadas no extenso território brasileiro, tais como: número de merendeiras, rotina escolar intensa, capacitações pontuais, além dos problemas com inadequações nas edificações, instalações e equipamentos das Unidades de Alimentação e Nutrição Escolares. Assim, a adoção de programas com base na fortificação da alimentação infantil com MNP representa apenas uma forma de enfrentamento da InSAN nos países, visto que o cenário é influenciado por diversos fatores e requer uma atuação intersetorial, programática e a valorização dos profissionais envolvidos na execução da estratégia, a exemplo das merendeiras na estratégia NutriSUS. |
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