Tratamento Adjuvante no Câncer Superficial de Bexiga / Adjuvant Treatment in Superficial Bladder Cancer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vitorino, Aline Moreira
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Ferro, Renata Leal Barroso, Aidar, Naira Braga, Gonzatti, João Vitor Ferreira, Pio, Giovanni Pereira, Costa, Larissa Pereira Correia da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/29971
Resumo: O câncer de bexiga apresenta incidência significativa na população, por isso é fundamental estudar as opções terapêuticas para o tratamento dessa neoplasia. A ressecção transuretral é, até o momento, o melhor procedimento para diagnóstico e tratamento do câncer. No entanto, pacientes submetidos apenas à ressecção apresentam altas taxas de recidiva. Dessa maneira, o uso do bacilo Calmette-Guérin (BCG) foi empregado como tratamento adjuvante para prevenção de recidiva. Para esse tratamento, o BCG apresenta-se em dosagens diferentes da vacina de imunização padrão, sendo chamado de onco-BCG. A substância apresenta boa eficácia, mas pode ocorrer falha da terapia, contraindicação do tratamento ou até mesmo indisponibilidade da droga. Assim, é imprescindível que outras substâncias também sejam utilizadas na terapia adjuvante. Novas drogas têm apresentado eficácia semelhante ao onco-BCG. Por isso, o presente estudo busca avaliar o uso do Bacillus Calmette-Guérin (BCG) na prevenção da recidiva dos tumores superficiais de bexiga, analisando a eficácia e a segurança do uso do BCG isoladamente e comparando-o a outros métodos de terapia intravesical. Foi realizada uma busca ativa nas bases de dados PUBMED, COCHRANE e MEDLINE, além de matérias e/ou seções em publicações periódicas, buscando avaliar o uso do BCG e de outras terapias adjuvantes. Nesse cenário, o BCG é a melhor substância, até o presente momento, para tratamento de câncer superficial de bexiga de riscos intermediário e alto. Outras substâncias estão em discussão para uso. Sendo assim, a mitomicina C, que já é usada nos casos de baixo risco, apresenta bons resultados nos últimos estudos. Outras combinações de métodos quimioterápicos como a gencitabina com docetaxel também estão em análise. A mitomicina C e a gencitabina já estão sendo empregadas em casos de falha de terapia, recidiva do câncer ou indisponibilidade da droga. Mas vale lembrar que ainda não constam nos protocolos. As duas drogas apresentam eficácia relevante e próxima ao onco-BCG, sendo que a gencitabina apresentou menos efeitos colaterais e parece ser uma droga promissora para casos em que o onco-BCG não puder ser aplicado ou não apresentar o efeito esperado. Infelizmente, ainda existem casos em que a única opção de tratamento é a cistectomia radical. Perspectivas futuras englobam terapias que permitam a preservação intravesical. Por isso, há a necessidade de estudos mais amplos envolvendo as drogas citadas anteriormente. Por enquanto, a onco-BCG continua sendo a terapia ideal.
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