A importância do clampeamento tardio do cordão umbilical / The Importance of Late Umbilical Cord Clamping

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Alexandre Santos
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Filho, Danilo Cezar Aguiar de Souza, Donato, Samara Carolina Alves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
DOI: 10.34119/bjhrv4n5-087
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/36150
Resumo: Introdução: O clampeamento tardio é feito até o 3º minuto após o nascimento e é uma estratégia para prevenir a deficiência de ferro no lactente. Garante mais transferência do sangue da placenta para o RN, aumentando as taxas de ferritina e hemoglobina e reduzindo a incidência de hemorragia e anemia. Metodologia: Revisão sistemática qualitativa e quantitativa da literatura. Foi realizada uma pesquisa nas seguintes bases de dados: Pubmed e Scielo. Os critérios de inclusão foram 4 publicações de ensaios clínicos entre 2015 e 2019 a fim de mostrar os mais atuais aspectos benéficos que se relacionam a esse assunto. Discussão: Estudos comprovam que o clampeamento tardio permite um importante fluxo sanguíneo da placenta para o RN. Do total de sangue transferido, 25% ocorre nos primeiros 30 segundos, entre 50% e 78% até o primeiro minuto e o restante até o terceiro minuto. Isso representa, em média, 20-40mL/Kg de sangue a mais que o RN pode receber. Esse maior suprimento sanguíneo, proporcionado pelo clampeamento tardio, oferece benefícios aos bebês nascidos a termo, pré-termo e de baixo peso, incluindo retorno venoso adequado, aumento dos níveis de hemoglobina e, consequentemente, maior transporte de oxigênio. Isso se apresenta como um sério problema de saúde pública, visto que o ferro é um importante fator para o desenvolvimento infantil. A longo prazo, consta como uma importante prevenção contra anemia ferropriva. Embora os inúmeros benefícios, evidências clínicas mostram que as crianças ainda hoje sofrem clampeamento precoce por vários motivos, tais como necessidade de reanimação, receio de hiperbilirrubinemia e policitemia neonatal. Ademais, indicativos atuais demonstram que esses fatores não correspondem a efeitos adversos significativos ou de risco consideráveis. O clampeamento tardio é, portanto, a melhor prática se analisado seus riscos-benefícios, e é recomendado pela SBP desde 2011. Conclusão: Conclui-se que o clampeamento tardio é uma prática imprescindível diante todos os seus benefícios, tal qual a redução da incidência de anemia e quadros hemorrágicos no RN. Apesar disso, evidências mostram que essa prática ainda não é tão frequente nas maternidades. Por isso, a divulgação e conscientização desses benefícios têm o potencial de melhorar a qualidade de vida da criança, prognóstico neonatal e ainda permitir o fortalecimento do vínculo entre mãe e RN. 
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