Doença de Kawasaki - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos, manejo terapêutico e correlação a COVID-19
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/61712 |
Resumo: | A Doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite que afeta predominantemente os vasos sanguíneos de médio porte, especialmente as artérias coronárias do coração. Nos últimos anos, tornou-se uma crescente preocupação de saúde pública, devido ao aumento notável de casos, tornando-se a causa mais comum de doença cardíaca pediátrica adquirida em países desenvolvidos, como Japão, Coréia e Estados Unidos da América (EUA). A causa exata da DK ainda é incerta, mas suspeita-se de uma combinação de fatores genéticos e infecciosos. Estudos sugerem que agentes virais podem desempenhar um papel desencadeante, pois a frequência da doença mostra correlação com a sazonalidade de infecções respiratórias comuns. Os sintomas característicos da DK incluem febre persistente, congestão ocular bilateral não exsudativa, eritema e edema de língua, lábios e mucosa oral, além de alterações nas extremidades e linfadenomegalia cervical. Embora não existam testes específicos para diagnóstico, a ecocardiografia do coração e dos grandes vasos sanguíneos é um exame importante para avaliar o envolvimento coronariano. Ademais, o tratamento padrão para DK envolve o uso precoce de imunoglobulina intravenosa e ácido acetilsalicílico (AAS), o que reduz significativamente o risco de desenvolvimento de aneurismas coronarianos, uma complicação grave da doença. Outrossim, o diagnóstico diferencial é crucial devido à semelhança de sintomas com outras infecções virais comuns em crianças pequenas. Além disso, a infecção por COVID-19 em crianças pode se manifestar de forma assintomática ou leve, mas casos graves podem levar à síndrome inflamatória multissistêmica (MIS-C), que compartilha características clínicas e patológicas com a DK. Portanto, a possibilidade de MIS-C deve ser considerada em crianças com sintomas sugestivos e histórico de exposição ao SARS-CoV-2. |
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