Compreendendo a Síndrome HELLP: da etiopatogenia à intervenção terapêutica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Tamyres Karen Fagundes
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: de Souza, Guilherme Henrique Louzada, de Oliveira, Tamara Ribeiro, Gonçalves, Maria Carolina Moura Campos Montoro, Melo, Danielly Ferreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63711
Resumo: A Síndrome HELLP consiste em uma condição médica grave que afeta mulheres durante a gestação. Seu nome é um acrônimo que se refere às principais características clínicas e laboratoriais da condição: hemólise, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia. A fisiopatologia da síndrome HELLP envolve uma complexa interação de fatores. Acredita-se que a origem dessa síndrome está relacionada a distúrbios vasculares na placenta, levando à isquemia e lesão do endotélio dos vasos sanguíneos maternos. Isso desencadeia uma cascata de eventos, incluindo ativação da coagulação, consumo de plaquetas, ruptura das hemácias e disfunção hepática. A liberação de produtos de manipulação das hemácias e da coagulação contribui para a hemólise e o aumento das enzimas hepáticas. As manifestações clínicas da síndrome HELLP são variadas; mas, frequentemente, incluem hipertensão arterial, dor abdominal intensa no quadrante superior direito, edema, náuseas, vômitos e, em casos graves, sintomas neurológicos, como cefaléia, turvação visual ou confusão mental. O diagnóstico é estabelecido por meio de exames laboratoriais que demonstram os critérios hematológicos e bioquímicos da síndrome. O tratamento da síndrome HELLP é urgente e envolve a hospitalização imediata do paciente, a estabilização da pressão arterial e, frequentemente, o parto imediato, independentemente da idade gestacional. A remoção da placenta danificada é fundamental para interromper a fonte de estresse do sistema materno e permitir a recuperação. O tratamento também pode incluir suporte clínico adicional, como transfusões de plaquetas e concentrações de hemácias para tratar trombocitopenia e hemólise. A gestão multidisciplinar, envolvendo obstetras, neonatologistas, hematologistas e hepatologistas é essencial para melhorar os resultados clínicos e minimizar os riscos associados a essa condição potencialmente fatal.
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