Prevalência e influência da sintomatologia da síndrome do intestino irritável em estudantes de medicina

• Autor(a) principal: Barbosa, Cecilia Maria Monteiro
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: Palumbo, Rafaella, de Souza, Guilherme Carvalho, de Vasconcelos, Arthur Santos Otaviano, Braga, Alice Cardoso, Canuto, Angela Maria Moreira, Gomes, Beatrice Uchoa Maia, Rocha, Gabriela Barbosa de Sá, Barbosa, Vítor Mateus Silva, Vasconcellos, Izadora Magalhães, Soares, Alícia Eduarda Rios, Paiva, André de Oliveira
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/67447
• topic: gastroenterologia; síndrome do intestino irritável; ansiedade; depressão; desempenho acadêmico

Introdução: A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é caracterizada por disfunção físico-química do trato gastrointestinal que afeta a motilidade e sensibilidade gastrointestinal. Isso culmina em alterações psicocomportamentais nos acometidos, tais como depressão e ansiedade. Objetivos: Avaliar a presença e influência da sintomatologia da SII em estudantes de Medicina da Universidade Federal de Alagoas. Métodos: Trata-se de um estudo de caráter quali-quantitativo transversal o qual, através da pesquisa “Síndrome do Intestino Irritável em Estudantes de Medicina de uma Universidade Pública”, visa analisar a sintomatologia da doença através da utilização da Gastrointestinal Symptom Rating Scale (GSRS) e dos Grupos Focais (GF), utilizando nestes a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) e no questionário Short-Form 6 (SF-6D), que versa sobre a qualidade de vida. Resultados: Através do GSRs, observou-se uma prevalência da sintomatologia moderada-severa entre os estudantes consultados. 55% dos estudantes apresentavam quadro moderado, 38% apresentavam quadro leve ou ausência de sintomas, e 7% caracterizavam-se como graves. Os sintomas mais frequentes são flatulências, eructações e sensação de não esvaziamento intestinal. Além disso, houve maior gravidade dos sintomas no gênero feminino, aspecto consonante com a literatura atual acerca da prevalência da SII. Já na etapa qualitativa, com uso dos GFs, observou-se o déficit no desempenho acadêmico, haja vista queixas de dificuldade de concentração e indisposição. Conclusão: A análise da sintomatologia da SII promove vislumbre amplo dos desafios que acometem esse grupo específico. Ademais, os dados observados através dos resultados demonstram congruência com a literatura científica hodierna acerca da prevalência e sintomatologia da doença. Utilizando-se dos GFs como ferramenta qualitativa, obteve-se aprofundamento significativo do modo como a SII afeta a psique, acessando percepções intimistas dos indivíduos analisados nesse estudo. Contudo, mediante a escassez de estudos acerca da interseção entre SII e desempenho acadêmico, são importantes mais pesquisas.