Aspectos etiológicos e epidemiológicos das meningites bacterianas e virais no estado de São Paulo no período de 2010 a 2019 / Etiological and epidemiological aspects of bacterial and viral meningitis in the state of São Paulo from 2010 to 2019

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sodatti, Jaqueline Leme
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Moraes, Jacqueline Fátima Martins de Almeida, Coutinho, Raquel Machado Cavalca, Ananias, Fernando
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/29557
Resumo: Objetivo: Neste trabalho realizou-se um levantamento de dados epidemiológicos e avaliou-se a condição do estado de São Paulo em relação ao impacto gerado pelas meningites virais e bacterianas nos últimos dez anos. Métodos: Refere-se a um estudo observacional descritivo retrospectivo, no qual foi analisado o perfil epidemiológico dos casos de meningites bacterianas e virais, notificados no estado de São Paulo, no período de 2010 a 2019, através de dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: O estado de São Paulo foi o mais predominante no país com 40,7% (74.416/182.680) dos casos no período analisado. A meningite viral foi a mais prevalente, representando 59,3% (44.125/74.416) dos casos, seguida pela meningite bacteriana, com 13,4% (9.981/74.416) dos casos. Em seguida, a meningite pneumocócica com 5,8% (4.292/74.416), meningite meningocócica 4% (3.039/74.416), meningite associada a meningococcemia com 3,4% (2.511/74.416), meningococcemia com 3,2% (2.353/74.416), meningite tuberculosa com 0,8% (587/74.416) e meningite por Haemophilus influenzae com 0,7% (544/74.416). A composição dos outros 9,4% (6.984/74.416) dos casos está relacionada às demais etiologias, que não as bacterianas e virais. A meningite viral apresentou uma baixa letalidade, apesar da alta incidência. As meningites bacterianas se estabeleceram inversamente, produzindo altos índices de letalidade, ainda que com baixa incidência. Conclusão: Apesar do decréscimo do número de casos, a meningite bacteriana continua apresentando um alto percentual de letalidade. A meningite viral apresentou baixa letalidade, apesar dos números expressivos. Ainda que avanços tenham sido implantados nas últimas décadas, ambas as meningites continuam retratando um problema no quesito saúde pública.
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