Prevalência e fatores de risco para desenvolvimento de hemorragia peri-intraventricular em recem nascidos muito baixo peso em uma UTI neonatal/ Prevalence and risk factors for developing peri-intraventricular hemorrhage in very low birth weight newborns in a neonatal UTI
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/22121 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: As lesões cerebrais no RNPT são múltiplas, e a hemorragia peri-intraventricular (HPIV) é a lesão mais descrita e conhecida, principalmente a da matriz germinativa. São frequentes em RNPT com IG<34 semanas e peso de nascimento <1.500g. HPIV é uma afecção de causa multifatorial na qual estão envolvidos fatores vasculares, hemodinâmicos, inflamatórios e infecciosos. O risco de ocorrência de HPIV é inversamente proporcional ao peso de nascimento e a idade gestacional. A frequência de casos de HPIV vai depender da gravidade e comorbidades envolvidas, das condições da UTI para receber pacientes graves, assim como os procedimentos aos quais o RN de risco estará sujeito. OBJETIVOS: Conhecer a incidência e os principais fatores de risco para o desenvolvimento de HPIV em RNPT com IG<34 semanas e/ou com peso de nascimento<1.500g, nascidos em uma maternidade de hospital privado do DF/Brasil, entre janeiro de 2017 e dezembro de 2019. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, descritivo, com análise de 166 prontuários. Durante os três anos de pesquisa, nasceram 6.191 crianças, dos que nasceram nesses 3 anos, 717 foram internados na UTI neonatal e desses, 166 (23,1%) foram incluídos no estudo após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. RESULTADOS: Do total da amostra N=166, N=79(47,6%) eram do sexo masculino; N=97(58,4%) tinham IG entre 31 a 34 semanas; cesariana 146(88%). A admissão na UTI, 78% necessitaram de suporte respiratório não invasivo, com a evolução necessitaram de Ventilação Mecânica (VM) N=91; 54,9%. Dos 166 RN, 46 (27,3%) apresentaram HPIV, sendo que 44% tinham IG entre 28/31 semanas, 36% entre 31/34 semanas e 20% menos que 28 semanas. Diagnóstico de HPIV na primeira ultrassonografia (UST) em 32 pacientes e 32(69%) apresentaram HPIV grau 1. Do grupo com diagnóstico de HPIV, N=35(75%) necessitaram de VM, o que mostrou relação com desenvolvimento de HPIV (p-valor= 0,0024). Não foi encontrado relação com Sepse, uso de hemoderivados, PCA e escore de gravidade. CONCLUSÃO: Ao se definir o número de RNPT que desenvolveram variados graus de HPIV e entender quais os principais fatores de riscos, principalmente os preveníveis, podemos trabalhar de uma maneira mais concreta e assertiva. A HPIV pode ser evitada, e quando identificada precocemente pode ter o seu curso devastador controlado ou diminuído, tanto com a prevenção como, após já ter sido instalada. |
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