Toxinas de serpentes: protótipos de fármacos & patentes? / Snakes toxins: drug design & patents?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Resende, Luana Moreira
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Linhares, Thyfanne Suellen Tavares, Ramalho, Igor Gabriel da Silva, Matavel, Alessandra Cristine de Souza, Donato, Micheline Freire
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38900
Resumo: As peçonhas de serpentes são uma mistura complexa de componentes proteicos e não-proteicos, cujas proteínas e peptídeos correspondem de 90-95% da peçonha. O vasto arsenal bioquímico presente nessas peçonhas possui moléculas que podem afetar diversas funções biológicas, com grande especificidade e seletividade, em diferentes alvos farmacológicos (receptores, canais iônicos, enzimas). Como resultado, essas moléculas têm sido cada vez mais utilizadas como protótipos para o desenvolvimento de fármacos e medicamentos. Como exemplo, o Captopril® é um  medicamento modelado a partir de um peptídeo  isolado da peçonha da serpente Bothrops jararaca e está no mercado há mais de 30 anos, com administração clínica como  anti-hipertensivo. Desde a década de 1980, a indústria farmacêutica ocidental introduziu produtos farmacêuticos derivados de produtos naturais, mostrando como é promissora a exploração da biodiversidade na prospecção de novos  medicamentos. No presente estudo foi realizada uma busca em bancos de patentes  incluindo peçonhas/ toxinas de serpentes como principal componente em bases de dados nacional (INPI), referente a todo acervo,  e internacional (Espacenet, Google Patents) depositados entre  2014 e 2019. Nossos resultados mostraram que o número de produtos brasileiros  registrados/arquivados tendo peçonhas ou toxinas de serpentes como principais componentes foi mínimo em comparação com as publicações internacionais. A falta de publicações científicas na área de inovação tecnológica em produtos derivados de venenos ou toxinas de serpentes aplicados à indústria farmacêutica revela uma lacuna que os pesquisadores brasileiros precisam preencher por meio da bioprospecção de fármacos como protótipos de produtos de animais com potencial biotecnológico.
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