Vaginose bacteriana – avaliação da atividade antimicrobiana seletiva de gel de Schinus terebinthifolia raddi

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Carlos Alberto Sá
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Henrique, Paloma de Barros, Magalhães, Haliny da Silva, Melo, Tahira Souza, Mourad, Amouni Mohmoud, Delorenzi, Jan Carlo Morais Oliveira Bertassoni
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/68360
Resumo: O microbioma vaginal sofre contínua flutuação durante o ciclo menstrual e após a menopausa. Albert Döderlein foi o primeiro a descrever sobre bactérias produtoras de ácido láctico na cavidade vaginal. Tais bactérias são capazes de inibir o crescimento de microrganismos anaeróbios e patogênicos. Quando há a redução desses lactobacilos, há proliferação de bactérias oportunistas como as do gênero Gardnerella. A vaginose bacteriana (VB) é uma patologia não sexualmente transmissível, caracterizada pelo aumento do número de bactérias anaeróbias e do pH vaginal, ocasionando um corrimento vaginal acinzentado e de odor fétido. A prevalência estimada é alta, no entanto a cura efetiva e duradoura é ainda incerta. Essa falha em tratar adequadamente tem motivado a busca de alternativas terapêuticas, que consigam tratar e prevenir as possíveis recidivas da patologia1. No Brasil, a espécie Schinus terebinthifolia Raddi (aroeira-da-praia) é bem conhecida, e um ensaio clínico mostrou sua atuação de forma eficaz no tratamento da VB, bem como a recomposição da microbiota vaginal. O presente estudo tem por objetivo determinar a capacidade do gel de Schinus terebinthifolia Raddi em inibir o crescimento dos microrganismos Lactobacillus gasseri ATCC 19992 e Gardnerella vaginalis ATCC 14018. Foram usados Lactobacillus gasseri ATCC 19992 e Gardnerella vaginalis ATCC 14018. As culturas de trabalho foram produzidas com incubação a 36°±1°C por 24 horas. Foram efetuados pequenos poços nas placas com meio de cultura, onde a amostra teste foi inoculada. As placas foram incubadas por 48 horas a temperatura de 30°C. Não foi observado halo de inibição contra L. gasseri, enquanto que foi observado halo de inibição contra G. vaginalis. Tais dados, demonstram que o gel de Schinus terebinthifolia Raddi tem ação anaerobicida contra um dos principais microrganismos causadores da VB e, ao mesmo tempo, não apresenta nenhuma alteração na formação das colônias de L. gasseri, um dos lactobacilos da microbiota vaginal.
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