Analise do perfil epidemiologico da Sífilis em gestantes utilizando sistemas de informação em saúde do DATASUS / Analysis of the epidemiological profile of Syphilis in pregnant women using DATASUS’ health information systems
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/44218 |
Resumo: | Introdução: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) com elevada incidência no Brasil. Em gestantes, a infecção por sífilis pode gerar significativos desdobramentos, especialmente para fetos infectados por transmissão vertical, como aborto, feto natimorto, parto pré-termo e em alta mortalidade fetal, representando importante ameaça ao feto. Dessa forma, a sífilis na gestação representa um grave problema de saúde pública e mostra-se responsável por altos indices de morbimortalidade intrauterina e de agravos maternos. Considerando o impacto da sífilis congênita na saúde pública do Brasil, estudar a sífilis em gestantes e as possíveis variáveis associadas ao seu diagnóstico e triagem é ideal e necessário diante dos grandes benefícios potenciais que a aplicação de medidas diagnósticas e terapêuticas podem acarretar aos pacientes. Objetivo: Verificar fatores e variáveis associados à detecção da sífilis na gestação de mulheres brasileiras, relacionando-os ao ano de diagnóstico. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo de base populacional, de pacientes gestantes com sífilis no Brasil, que utilizará o DATASUS como fonte informativa. Resultados: Ao analisar os dados obtidos, percebe-se que o número de casos de 2009 a 2019 aumentou mais de 12 vezes. A sífilis primária é o tipo mais identificado na detecção entre as gestantes (cerca de 29,1%), seguida pela latente com 28% dos casos. A faixa etária com maior número de casos é entre 20 a 39 anos (cerca de 52,8%) e a menor é entre 40 a 59 anos. A maior frequência foi observada em gestantes com ensino médio completo ou incompleto, estando de acordo com a faixa etária observada. Nos três trimestres da gestação foram observados números de casos parecidos, porém houve mais diagnósticos no primeiro trimestre. Em relação à raça, as pardas apareceram com maior frequência. Já sobre o tratamento, o mais utilizado é a penicilina (89,5% dos casos), enquanto cerca de 5% das gestantes não realizaram qualquer tratamento. Conclusão: O estudo da sífilis em gestantes é necessário diante dos benefícios potenciais que a aplicação de medidas profiláticas, diagnósticas e terapêuticas podem acarretar. O aumento significativo no número de casos de sífilis no período analisado mostra a necessidade de políticas de educação sexual mais efetivas no Brasil, buscando atingir o controle dessa infecção. |
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