Estratégias de diagnóstico precoce e manejo da Toxoplasmose em gestantes: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Gabriel Elias de Lima
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Oliveira, Carolina Silva, Silva, Thaís Linhares, Baldo , Bárbara Garcia de Freitas, e Silva, Sara Louise de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63727
Resumo: A toxoplasmose na gestação é uma condição causada pelo parasito Toxoplasma gondii. A infecção geralmente ocorre devido à ingestão de alimentos contaminados ou pelo contato com fezes de gatos infectados. Em mulheres grávidas, o parasita pode atravessar a placenta, apresentando riscos significativos ao feto em desenvolvimento. Sua fisiopatologia envolve a invasão de células hospedeiras, especialmente células nervosas e musculares, levando a danos teciduais. No que se refere às manifestações clínicas da toxoplasmose congênita, essas variam amplamente. Algumas gestantes permanecem assintomáticas, enquanto outras podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dores musculares e fadiga. No entanto, as complicações mais graves incluem retardo mental, convulsões, microcefalia e problemas oculares, como retinite. A gravidade das manifestações clínicas está relacionada ao momento da infecção durante a gestação. O diagnóstico da toxoplasmose na gestação é feito por meio de exames sorológicos, como a detecção de imunoglobulinas específicas. Testes moleculares, como a reação em cadeia da polimerase, também podem ser usados para confirmar a presença do parasito no líquido amniótico, se houver suspeita de infecção fetal. Vale salientar que o diagnóstico precoce é crucial para iniciar o tratamento adequado e minimizar os danos ao feto. O tratamento da toxoplasmose na gestação geralmente envolve a administração de medicamentos antiparasitários, como a pirimetamina, a sulfadiazina associados ao ácido folínico. Além do tratamento, a profilaxia é fundamental, a qual é feita com a espiramicina. Ademais, as gestantes devem adotar medidas rigorosas de higiene alimentar, como evitar o consumo de carne crua ou mal cozida e lavar bem as frutas e vegetais antes de comer. Além disso, é aconselhável evitar o contato com fezes de gatos. Realizar exames sorológicos durante o pré-natal também é crucial para identificar gestantes suscetíveis à infecção e tomar medidas preventivas adequadas, se necessário.
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