O Modelo BiPhon-OT e a formalização dos Transtornos dos Sons da Fala / Using the BiPhon-OT to Model the Speech Sound Disorders
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/21188 |
Resumo: | A proposta foi trazer para a fonologia clínica o modelo bidirecional de Boersma (2007; 2009), o BiPhon-OT, que integra as gramáticas de percepção e produção, a partir da interação de restrições de pista, estrutura e fidelidade, que conectam as três formas de representação: forma fonética, forma de superfície e forma subjacente. A ideia foi usar este modelo para formalizar dados de sistemas desviantes. Foram discutidos os transtornos fonológicos, analisados e processos fonológicos comuns já foram descritos pela literatura, na intenção de oferecer uma nova proposta de entendimento - um modelo bidirecional de discussão teoricamente orientada da fala da criança, o BiPhon-OT. Foram distribuídos dados de 49 crianças diagnosticadas com alguma alteração de fala, de 3 a 14 anos. A avaliação inclui: exame clínico da motricidade orofacial; Avaliação Fonológica, por provas nomeação e repetição a partir de teste padronizado (Yavas et al, 1999), interações espontâneas, teste de vocabulário expressivo e observação comportamental; Testes de percepção de fala; Testes de processamento linguístico cognitivo; Testes de consciência fonológica e de planejamento do motor da fala. Uma análise foi feita via BiPhon-OT. O modelo forneceu suporte teórico e metodológico para diagnóstico diferencial, incluindo Apraxia de fala infantil e outros transtornos da fala, bem como formalização para o diagnóstico diferencial entre os transtornos fonéticos e fonológicos. A partir da formalização, foi possível observar que as crianças podem falhar em testes articulatórios, em tarefas cognitivas-linguísticas, em produção, em percepção de fala, ou em ambos. As mudanças de fala situadas na interação entre os níveis fonético, fonológico e léxico tornam-se úteis esta discussão. O BiPhon-OT acede e formaliza falhas específicas nos transtornos de fala e / ou nos desvios. Foi possível identificar se uma falha no desvio está no reconhecimento e uso lexical das informações fonológicas, em perceber ou organizar os traços distintivos e os contrastes, ou, ainda, se está na nas ações motoras, tanto no que diz respeito à produção, como no que diz respeito à percepção, visto que são processos integrados. Essa formalização pode fornecer aos fonoaudiólogos um modelo que integra a compreensão e produção na avaliação, diagnóstico diferencial e terapia. Trouxe, ainda, a possibilidade de a compreensão, antes tida como um processo serial, ser entendida como um processo que funciona interativamente, ou em paralelo. Assim, acomoda melhor a ideia de que as informações no léxico podem conduzir no que o ouvinte percebe pré-lexicalmente. |
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