Doença do refluxo gastroesofágico - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Narciso, Felipe
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Lacerda, Gabriela Nunes, Mussi, Isadora Zacarias, de Souza, James Fernando Machado Muniz, Teixeira, Julia Magalhães, Silva, Karen Lamounier, de Melo, Lucas Nunes Bandeira, Davi, Maria Laura de Castro, dos Santos, Vitor Cardoso
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/60713
Resumo: A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é uma condição crônica caracterizada pelo refluxo de ácido gástrico para o esôfago, resultando em sintomas e complicações significativas. Quanto à etiologia, a DRGE envolve uma combinação de fatores, como relaxamento inadequado do esfíncter esofágico inferior (EEI), hérnia de hiato, diminuição da motilidade esofágica, aumento da pressão abdominal, dieta inadequada e tabagismo. A prevalência da DRGE tem aumentado nas últimas décadas, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A fisiopatologia da DRGE envolve o refluxo repetitivo de ácido gástrico para o esôfago, resultando em inflamação crônica da mucosa esofágica. Isso pode levar a complicações como esôfago de Barrett, adenocarcinoma esofágico, esofagite de refluxo e estenose esofágica. Quanto às manifestações clínicas, incluem azia, regurgitação ácida, dor torácica, disfagia, tosse crônica e rouquidão. O diagnóstico da DRGE é baseado na avaliação clínica, juntamente com exames complementares, como endoscopia digestiva alta (EDA) e pHmetria esofágica. Já a abordagem terapêutica tem como objetivo aliviar os sintomas, promover a cicatrização da mucosa esofágica lesionada, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente. A abordagem farmacológica utiliza medicamentos, como inibidores da bomba de prótons (IBPs), que reduzem a produção de ácido gástrico, e medicamentos para alívio dos sintomas, como antiácidos e bloqueadores h2, além de intervenções não farmacológica, como o sistema stretta, fundoplicatura sem incisão transoral, endogrampeador cirúrgico ultrassônico medigus e mucosectomia anti-refluxo. Além disso, as complicações da DRGE podem variar desde esofagite erosiva, úlceras esofágicas, estenose esofágica até o desenvolvimento de esôfago de Barrett e adenocarcinoma esofágico. O acompanhamento regular, a monitorização endoscópica e a intervenção cirúrgica podem ser necessários para gerenciar essas complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.
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