Portoenterostomia como tratamento para atresia de vias biliares: resultados e limitações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matarazzo, Gabriel Ayres Ribas Basile
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Araújo, Bernardo Montijo, Sartori, Geovanna Ferreira, Melo, Giovana Rizzo Alves, Oliveira, Jéssica Pará Amaral de, Rosse, Laura Ramalho de, Galhardo, Nathalia Garcia de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/68914
Resumo: Objetivos: Analisar os resultados e as limitações da portoenterostomia para o tratamento da atresia de vias biliares. Método: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Google Acadêmico e PubMed, utilizando os descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Atresia biliar”, “Portoenterostomia hepática” e “Terapêutica” combinados entre si pelo operador booleano AND. Resultados: A portoenterostomia (PE) é um procedimento cirúrgico crucial no tratamento da atresia de vias biliares (AVB), mas sua eficácia e limitações são temas amplamente discutidos na literatura médica. Em relação aos resultados, estudos mostram que a PE pode proporcionar uma sobrevida prolongada com o fígado nativo em cerca de 60% dos casos, resolvendo a obstrução extra-hepática. No entanto, as taxas de sucesso variam e muitos pacientes acabam enfrentando complicações relacionadas à colangiopatia intra-hepática crônica, aumentando a necessidade de transplante hepático subsequente. Isso reflete uma limitação significativa da PE, pois apesar de aliviar a obstrução inicial, não impede a progressão da doença para formas mais graves, como cirrose e falência hepática. A prevalência e incidência da AVB têm sido tema de preocupação, especialmente devido ao crescente número de casos diagnosticados. Isso pode ser atribuído a uma maior conscientização, melhorias nos métodos de diagnóstico e até mesmo fatores ambientais ou genéticos. Reconhecer sinais de risco, como icterícia persistente em recém-nascidos, fezes claras, e achados em exames laboratoriais e de imagem, é fundamental para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. No entanto, a falta de sintomas específicos em estágios iniciais da doença pode dificultar o reconhecimento precoce, resultando em encaminhamentos tardios para a PE. A abordagem da PE também pode variar dependendo de fatores como sexo e idade do paciente. Estudos mostram que o diagnóstico e tratamento precoce são mais eficazes em bebês do sexo feminino e em casos diagnosticados antes dos 60 dias de vida, enfatizando a importância de programas de triagem neonatal e de conscientização entre profissionais de saúde e pais. No entanto, desafios persistem em garantir acesso igualitário a diagnóstico e tratamento adequado, especialmente em áreas com recursos limitados. Conclusão: A portoenterostomia (PE) é fundamental para o tratamento da atresia de vias biliares (AVB), oferecendo uma chance de sobrevida prolongada com o fígado nativo. No entanto, suas taxas de sucesso variam e complicações como a colangiopatia intra-hepática crônica podem levar à necessidade de transplante hepático. Isso destaca a limitação da PE em evitar a progressão para cirrose e falência hepática.
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