Sífilis congênita: o reflexo da assistência pré-natal na Bahia / Congenital syphilis: the reflex of pre natal care in Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Otávio Carvalho
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Matos, Paulo Vitor Campos, Aguiar, Dijalma Guedes, Rodrigues, Renata Leite, Macêdo, Iana Conceição, Cordeiro, Daniela Santana Mendes, Ferreira, Monique Carvalho Santos, Borges, Roberta de Assis
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/1352
Resumo: Introdução:A sífilis congênita (SC) é uma doença infecciosa que ocorre pela disseminação hematogênica do T. pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada, para o feto. Essa transmissão pode ocorrer por via transplacentária ou durante o parto. A transmissão vertical (TV) do T. pallidum pode acontecer em qualquer fase gestacional. Em mulheres não tratadas a taxa de infecção da TV do T. pallidum é muito mais elevada nas fases primária e secundária da doença, correspondendo 70 a 100%. Embora tenha simples diagnóstico e rastreamento obrigatório durante o pré-natal a SC apresenta elevada prevalência, afetando dois milhões de gestantes no mundo.A SC é classificada em dois períodos: a precoce e a tardia. O VDRL é o método diagnóstico mais utilizado para detecção do T.pallidum, além de ser o exame padrão no diagnóstico e pré-natal. A meta para a eliminação da SC até 2015 nas Américas estabelecida pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e adotada pelo Ministério da Saúde é reduzir a incidência para 0,5 casos por mil nascidos vivos.Objetivo: Delinear a epidemiologia da SC na Bahia no período compreendido entre 2010 e 2016.Metodologia: Estudo do tipo ecológico de série temporal, realizado com dados secundários da SUVISA. Os dados foram tabulados e estratificados pelas variáveis:escolaridade da mãe, raça da mãe, realização do pré-natal, diagnóstico de sífilis materna, parceiro tratado, faixa etária da criança, diagnóstico final, incidência, mortalidade e letalidade da SC. Resultados:Em relação à incidência, ocorreu um aumento de 373,1%de 2016 em relação à 2010. Houve predomínio deSC recente (70,1%), em < 1 ano (99,53%), mães com ensino fundamental incompleto (28,6%), raça parda (59,1%), que realizaram o pré-natal (68,7%), sífilis materna detectada durante o pré-natal (43,7%) e parceiros não foram tratados (45,9%). A mortalidade foi de 8,6 óbitos/100.000 nascidos vivos e a letalidade foi 1,8%. Conclusão:Trata-se de um problema de saúde pública na Bahia, sobretudo pelo elevado número de incidência, mortalidade e letalidade. Evidenciando a fragilidade da assistência pré-natal da Bahia - baixa eficácia das ações de prevenção e tratamento. 
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