Perfil da cefaleia em pacientes com covid-19 atendidos em programa de teleorientação em 2020 / Profile of headache in patients with covid-19 served in a teleorientation program in 2020
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/31695 |
Resumo: | Introdução: Manifestações neurológicas já foram relacionadas a Covid-19 e são divididas em três categorias: sistema nervoso central (tontura, cefaleia, doença cerebrovascular, convulsão e alteração de consciência), sistema nervoso periférico (anosmia, ageusia, deficiência visual, dor neuropática, síndrome de Guillain-Barré e variantes) e lesão muscular esquelética. A presença, em especial, de cefaleia varia de 2,8% a 71,1% [1], a análise desse sintoma pode contribuir para identificação precoce de casos da doença e para maior entendimento da apresentação clínica do SARS-Cov-2.Objetivos: O objetivo do estudo foi analisar o perfil epidemiológico da cefaleia em pacientes com suspeita clínica ou diagnosticados com Covid-19 através de RT-PCR e/ou sorologia, que fizeram uso do serviço de teleorientação do Projeto de Extensão Orienta Covid ES HUCAM-UFES no período de Junho a Agosto de 2020.Metodologia: Estudo individualizado, de caráter observacional e corte transversal, construído a partir de um banco de dados contendo informações de pacientes com suspeita clínica ou diagnosticados com Covid-19, atendidos pelo serviço de teleorientação, a partir do qual, foram coletadas as características da cefaleia, sintomas neurológicos associados, sequelas pós fase aguda, e a presença de outras comorbidades, relacionando-as com idade, sexo e procedência dos pacientes. Resultados: Foram realizados 88 atendimentos telefônicos, porém, apenas 69 deles apresentavam informações clínicas suficientes para a análise. A maioria dos pacientes atendidos eram mulheres (68,1%), com mediana de idade de 52 anos, a faixa etária similar com outros estudos [2], entretanto, a literatura relaciona o sexo masculino como maioria de casos atendidos. O quadro de cefaleia foi observado em 52,2% dos casos, na maioria das vezes contínua (36,6%), bilateral (44,4%), de moderada intensidade (30,5%), em aperto ou latejante (ambas 14%), a dor bilateral atendendo aos critérios de cefaleia tensional foi um achado comum nesse estudo, estando em consonância com apresentações vistas em outras publicações [3], diversos estudos apontam a cefaleia como sintoma presente em cerca de 15% dos casos [4]. Dos pacientes que apresentaram resultado positivo para COVID-19, 66,7% deles apresentaram alguma sequela pós fase aguda/subaguda da doença, dentre elas: anosmia e ageusia persistentes, esquecimento, doença renal crônica, poliartralgia, alopécia, enxaqueca recorrente e parestesia de membros inferiores.Conclusão: Reconhecer sintomas cardinais da COVID-19 é imprescindível para o aprimoramento do sistema de triagem de casos suspeitos, melhorando a assistência em especial de quadros atípicos da doença. Sendo a cefaleia um sintoma comum na infecção por SARS-Cov-2, a caracterização clínica deve ser bem estabelecida a fim de nortear o atendimento médico visando uma abordagem ágil para diagnóstico. Além disso, a vigilância neurológica deve ser rigorosa para o reconhecimento de complicações agudas e sequelas pós fase aguda. |
id |
BJRH-0_c1554fe607be0e4070993bd171bc7b17 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/31695 |
network_acronym_str |
BJRH-0 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Health Review |
repository_id_str |
|
spelling |
Perfil da cefaleia em pacientes com covid-19 atendidos em programa de teleorientação em 2020 / Profile of headache in patients with covid-19 served in a teleorientation program in 2020CefaleiaCovid-19telemedicinamanifestações neurológicaspandemiaperfil epidemiológico.Introdução: Manifestações neurológicas já foram relacionadas a Covid-19 e são divididas em três categorias: sistema nervoso central (tontura, cefaleia, doença cerebrovascular, convulsão e alteração de consciência), sistema nervoso periférico (anosmia, ageusia, deficiência visual, dor neuropática, síndrome de Guillain-Barré e variantes) e lesão muscular esquelética. A presença, em especial, de cefaleia varia de 2,8% a 71,1% [1], a análise desse sintoma pode contribuir para identificação precoce de casos da doença e para maior entendimento da apresentação clínica do SARS-Cov-2.Objetivos: O objetivo do estudo foi analisar o perfil epidemiológico da cefaleia em pacientes com suspeita clínica ou diagnosticados com Covid-19 através de RT-PCR e/ou sorologia, que fizeram uso do serviço de teleorientação do Projeto de Extensão Orienta Covid ES HUCAM-UFES no período de Junho a Agosto de 2020.Metodologia: Estudo individualizado, de caráter observacional e corte transversal, construído a partir de um banco de dados contendo informações de pacientes com suspeita clínica ou diagnosticados com Covid-19, atendidos pelo serviço de teleorientação, a partir do qual, foram coletadas as características da cefaleia, sintomas neurológicos associados, sequelas pós fase aguda, e a presença de outras comorbidades, relacionando-as com idade, sexo e procedência dos pacientes. Resultados: Foram realizados 88 atendimentos telefônicos, porém, apenas 69 deles apresentavam informações clínicas suficientes para a análise. A maioria dos pacientes atendidos eram mulheres (68,1%), com mediana de idade de 52 anos, a faixa etária similar com outros estudos [2], entretanto, a literatura relaciona o sexo masculino como maioria de casos atendidos. O quadro de cefaleia foi observado em 52,2% dos casos, na maioria das vezes contínua (36,6%), bilateral (44,4%), de moderada intensidade (30,5%), em aperto ou latejante (ambas 14%), a dor bilateral atendendo aos critérios de cefaleia tensional foi um achado comum nesse estudo, estando em consonância com apresentações vistas em outras publicações [3], diversos estudos apontam a cefaleia como sintoma presente em cerca de 15% dos casos [4]. Dos pacientes que apresentaram resultado positivo para COVID-19, 66,7% deles apresentaram alguma sequela pós fase aguda/subaguda da doença, dentre elas: anosmia e ageusia persistentes, esquecimento, doença renal crônica, poliartralgia, alopécia, enxaqueca recorrente e parestesia de membros inferiores.Conclusão: Reconhecer sintomas cardinais da COVID-19 é imprescindível para o aprimoramento do sistema de triagem de casos suspeitos, melhorando a assistência em especial de quadros atípicos da doença. Sendo a cefaleia um sintoma comum na infecção por SARS-Cov-2, a caracterização clínica deve ser bem estabelecida a fim de nortear o atendimento médico visando uma abordagem ágil para diagnóstico. Além disso, a vigilância neurológica deve ser rigorosa para o reconhecimento de complicações agudas e sequelas pós fase aguda.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-06-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/3169510.34119/bjhrv4n3-302Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 3 (2021); 13571-13583Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 3 (2021); 13571-135832595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/31695/pdfCopyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessSalomão, Amanda da SilvaCiríaco, Jovana Gobbi MarchesiLima, Gustavo RibeiroAguiar, Laura Gonçalves RodriguesLacchine, KamillaPaulino, Bruna Bastosde Oliveira, Luis Henrique Sunderhus2021-07-01T20:07:16Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/31695Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2021-07-01T20:07:16Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Perfil da cefaleia em pacientes com covid-19 atendidos em programa de teleorientação em 2020 / Profile of headache in patients with covid-19 served in a teleorientation program in 2020 |
title |
Perfil da cefaleia em pacientes com covid-19 atendidos em programa de teleorientação em 2020 / Profile of headache in patients with covid-19 served in a teleorientation program in 2020 |
spellingShingle |
Perfil da cefaleia em pacientes com covid-19 atendidos em programa de teleorientação em 2020 / Profile of headache in patients with covid-19 served in a teleorientation program in 2020 Salomão, Amanda da Silva Cefaleia Covid-19 telemedicina manifestações neurológicas pandemia perfil epidemiológico. |
title_short |
Perfil da cefaleia em pacientes com covid-19 atendidos em programa de teleorientação em 2020 / Profile of headache in patients with covid-19 served in a teleorientation program in 2020 |
title_full |
Perfil da cefaleia em pacientes com covid-19 atendidos em programa de teleorientação em 2020 / Profile of headache in patients with covid-19 served in a teleorientation program in 2020 |
title_fullStr |
Perfil da cefaleia em pacientes com covid-19 atendidos em programa de teleorientação em 2020 / Profile of headache in patients with covid-19 served in a teleorientation program in 2020 |
title_full_unstemmed |
Perfil da cefaleia em pacientes com covid-19 atendidos em programa de teleorientação em 2020 / Profile of headache in patients with covid-19 served in a teleorientation program in 2020 |
title_sort |
Perfil da cefaleia em pacientes com covid-19 atendidos em programa de teleorientação em 2020 / Profile of headache in patients with covid-19 served in a teleorientation program in 2020 |
author |
Salomão, Amanda da Silva |
author_facet |
Salomão, Amanda da Silva Ciríaco, Jovana Gobbi Marchesi Lima, Gustavo Ribeiro Aguiar, Laura Gonçalves Rodrigues Lacchine, Kamilla Paulino, Bruna Bastos de Oliveira, Luis Henrique Sunderhus |
author_role |
author |
author2 |
Ciríaco, Jovana Gobbi Marchesi Lima, Gustavo Ribeiro Aguiar, Laura Gonçalves Rodrigues Lacchine, Kamilla Paulino, Bruna Bastos de Oliveira, Luis Henrique Sunderhus |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Salomão, Amanda da Silva Ciríaco, Jovana Gobbi Marchesi Lima, Gustavo Ribeiro Aguiar, Laura Gonçalves Rodrigues Lacchine, Kamilla Paulino, Bruna Bastos de Oliveira, Luis Henrique Sunderhus |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cefaleia Covid-19 telemedicina manifestações neurológicas pandemia perfil epidemiológico. |
topic |
Cefaleia Covid-19 telemedicina manifestações neurológicas pandemia perfil epidemiológico. |
description |
Introdução: Manifestações neurológicas já foram relacionadas a Covid-19 e são divididas em três categorias: sistema nervoso central (tontura, cefaleia, doença cerebrovascular, convulsão e alteração de consciência), sistema nervoso periférico (anosmia, ageusia, deficiência visual, dor neuropática, síndrome de Guillain-Barré e variantes) e lesão muscular esquelética. A presença, em especial, de cefaleia varia de 2,8% a 71,1% [1], a análise desse sintoma pode contribuir para identificação precoce de casos da doença e para maior entendimento da apresentação clínica do SARS-Cov-2.Objetivos: O objetivo do estudo foi analisar o perfil epidemiológico da cefaleia em pacientes com suspeita clínica ou diagnosticados com Covid-19 através de RT-PCR e/ou sorologia, que fizeram uso do serviço de teleorientação do Projeto de Extensão Orienta Covid ES HUCAM-UFES no período de Junho a Agosto de 2020.Metodologia: Estudo individualizado, de caráter observacional e corte transversal, construído a partir de um banco de dados contendo informações de pacientes com suspeita clínica ou diagnosticados com Covid-19, atendidos pelo serviço de teleorientação, a partir do qual, foram coletadas as características da cefaleia, sintomas neurológicos associados, sequelas pós fase aguda, e a presença de outras comorbidades, relacionando-as com idade, sexo e procedência dos pacientes. Resultados: Foram realizados 88 atendimentos telefônicos, porém, apenas 69 deles apresentavam informações clínicas suficientes para a análise. A maioria dos pacientes atendidos eram mulheres (68,1%), com mediana de idade de 52 anos, a faixa etária similar com outros estudos [2], entretanto, a literatura relaciona o sexo masculino como maioria de casos atendidos. O quadro de cefaleia foi observado em 52,2% dos casos, na maioria das vezes contínua (36,6%), bilateral (44,4%), de moderada intensidade (30,5%), em aperto ou latejante (ambas 14%), a dor bilateral atendendo aos critérios de cefaleia tensional foi um achado comum nesse estudo, estando em consonância com apresentações vistas em outras publicações [3], diversos estudos apontam a cefaleia como sintoma presente em cerca de 15% dos casos [4]. Dos pacientes que apresentaram resultado positivo para COVID-19, 66,7% deles apresentaram alguma sequela pós fase aguda/subaguda da doença, dentre elas: anosmia e ageusia persistentes, esquecimento, doença renal crônica, poliartralgia, alopécia, enxaqueca recorrente e parestesia de membros inferiores.Conclusão: Reconhecer sintomas cardinais da COVID-19 é imprescindível para o aprimoramento do sistema de triagem de casos suspeitos, melhorando a assistência em especial de quadros atípicos da doença. Sendo a cefaleia um sintoma comum na infecção por SARS-Cov-2, a caracterização clínica deve ser bem estabelecida a fim de nortear o atendimento médico visando uma abordagem ágil para diagnóstico. Além disso, a vigilância neurológica deve ser rigorosa para o reconhecimento de complicações agudas e sequelas pós fase aguda. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-06-21 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/31695 10.34119/bjhrv4n3-302 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/31695 |
identifier_str_mv |
10.34119/bjhrv4n3-302 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/31695/pdf |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Review info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Health Review |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 4 No. 3 (2021); 13571-13583 Brazilian Journal of Health Review; v. 4 n. 3 (2021); 13571-13583 2595-6825 reponame:Brazilian Journal of Health Review instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
instname_str |
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
instacron_str |
BJRH |
institution |
BJRH |
reponame_str |
Brazilian Journal of Health Review |
collection |
Brazilian Journal of Health Review |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|| brazilianjhr@gmail.com |
_version_ |
1797240064191758336 |