A importância da terapia estrogênica tópica nas alterações colposcópicas e citológicas nas mulheres na menopausa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ortolan, Caroline Ahrens
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Zanine, Rita Maira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/59984
Resumo: O hipoestrogenismo, característico da menopausa pode gerar atrofia vulvovaginal, condição que pode causar atrofia do epitélio cervical, a qual tem o potencial de diminuir o valor preditivo positivo do exame citopatológico. Além disso, pode ocasionar a mudança na localização da junção escamocolunar (JEC), que passa a estar com mais frequência dentro do canal endocervical. Isto aumenta a incidência de amostras colposcópicas inadequadas e, consequentemente, da necessidade de manejo cirúrgico de pacientes com citologia cervical anormal. A administração de estrogênio local ou sistêmico (estrogenização), por um curto período de tempo, é uma possibilidade para contornar esta situação, facilitando o acesso à JEC e tornando possível verificar se as células encontradas no exame de rastreio são realmente displásicas. O objetivo principal deste estudo foi determinar a ação do creme de estrogênio vaginal nos esfregaços citológicos alterados na distinção entre os achados decorrentes de atrofia e de alterações neoplásicas verdadeiras. Como objetivo secundário, procurou-se determinar a ação da estrogenioterapia tópica na adequabilidade do exame colposcópico nas mulheres em menopausa. Foram incluídas na pesquisa 106 pacientes com idade entre 50 e 79 anos que apresentaram alterações no exame citopatológico e/ou colposcópico e foram submetidas à estrogenização. Observou-se que 79 pacientes que possuíam o resultado de alteração no exame citopatológico de entrada (de alto grau n=33 e de baixo grau n=46) passaram a ter, após a estrogenização, resultado negativo (Teste de McNemmar p< 0,001). Por outro lado, ao comparar-se a adequabilidade no exame colposcópico antes e após o tratamento hormonal, observa-se que houve aumento de 11,1% na adequabilidade, porém sem significância estatística (p= 0,059). Assim, conclui-se que a terapia estrogênica local mostrou impacto importante no diagnóstico diferencial de alterações cervicais, mas não melhorou a adequabilidade de amostras colposcópicas.
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