Mecanismos antitumorais de moléculas secretadas pelo Trypanosoma cruzi / Antitumor mechanisms of molecules secreted by Trypanosoma cruzi

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Priscila Magna do Nascimento
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Correia, Barbara Virginia Mendonca da Silva, Júnior, Auvani Antunes da Silva, Santos, Lucas Gabriel Sousa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/43189
Resumo: Moléculas secretadas pelo Trypanosoma cruzi têm se destacado pelos seus papéis imunomoduladores e antitumorais, atuando contra a carcinogênese através da ativação do sistema imunológico, inibição da angiogênese e interferência na proliferação das células tumorais. Esse trabalho buscou analisar os mecanismos de ação e os papéis na inibição da carcinogênese das moléculas secretadas pelo T. cruzi. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando trabalhos encontrados nas bases de dados PubMed, SciELO, Lilacs e ScienceDirect, selecionando trabalhos publicados entre 2007 e 2021, nas línguas portuguesa e inglesa, considerando-se os seguintes descritores: “Trypanosoma cruzi”, “neoplasias”, “carcinogênese” e “antineoplásicos”. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram analisados 73 artigos. A calreticulina do T. cruzi, proteína de 45 kDa, participa de importantes alterações no microambiente tumoral ao desencadear uma resposta imune adaptativa, exercendo um efeito antiangiogênico e inibindo o crescimento celular. Já uma proteína de 21 kDa (P21), secretada em todos os estágios do ciclo de vida do parasita, consegue inibir a invasão e migração celular. Ademais, a sua forma recombinante foi capaz de bloquear a progressão do ciclo celular em células cancerígenas e afetar a angiogênese. Mucinas, como Tn, sialyl-Tn e TF, estão presentes tanto em células tumorais quanto na superfície do T. cruzi e se caracterizam como determinantes antigênicos em comum, induzindo uma resposta imune cruzada. Além disso, tem-se o uso de moléculas secretadas pelo parasita e usadas de forma recombinante na imunoterapia contra o câncer, por suas capacidades de induzirem uma resposta imune forte e duradoura. Dessa forma, os mecanismos antitumorais das moléculas secretadas pelo T. cruzi, advém como fonte norteadora para o desenvolvimento de alternativas terapêuticas contra o câncer.
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