Isquemia mesentérica aguda - etiologia esquecida de abdome agudo cirúrgico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carneiro, Carlos André dos Santos
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Amorim, Juliana Carollyne, Souza, Maria Eliza Drumond, Mattar, Maria Isabel Cardoso, Silva, Leonardo Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66765
Resumo: A Isquemia Mesentérica Aguda (IMA) é uma condição rara e potencialmente grave que resulta na súbita falta de irrigação sanguínea para o intestino delgado, causando dor abdominal intensa e podendo levar a complicações sérias, como peritonite e sepse. A etiologia da IMA varia, com embolia arterial mesentérica, trombose arterial mesentérica, isquemia mesentérica não oclusiva e trombose venosa mesentérica sendo causas comuns. A prevalência aumenta com a idade, principalmente acima da sétima década, e a incidência varia entre diferentes regiões. Outrossim, o diagnóstico precoce é desafiador - devido à natureza inespecífica dos sintomas e à baixa incidência da doença - e é frequentemente alcançado por meio de tomografia computadorizada com contraste, auxiliada por uma suspeita clínica robusta. Os sintomas podem variar dependendo da etiologia, destacando-se a dor abdominal como sintoma comum. O exame físico geralmente é pouco específico, e a abordagem diagnóstica deve incluir avaliação laboratorial, como biomarcadores específicos. Ademais, o tratamento da IMA depende da etiologia e condição do paciente. Opções incluem revascularização mesentérica, ressecção intestinal e intervenções endovasculares. Estudos recentes sugerem que abordagens endovasculares podem ter resultados mais favoráveis em comparação com intervenções cirúrgicas abertas, com menor mortalidade e necessidade de ressecção intestinal. Nesse sentido, a escolha da terapia deve considerar fatores como estabilidade hemodinâmica, presença de sinais de peritonite e a extensão do comprometimento intestinal. A sobrevida em 5 anos após o tratamento endovascular foi relatada como superior em comparação com a cirurgia vascular aberta. Diferentes técnicas de restauração do fluxo sanguíneo são aplicadas com base na etiologia da IMA, destacando-se a embolectomia, angioplastia e procedimentos de bypass.
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