HIV/AIDS em mulheres em idade reprodutiva no Brasil (no período de 2016-2021): uma análise epidemiológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Mariana Oliveira
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Muniz, Rafaella Gonçalves Brandão, Soares, Maria Luiza Cerqueira Wanderley de Lima, D'Almeida Filho, Luciano Feitosa, Pol-Fachin, Laercio, Maia, Ivonilda de Araújo Mendonça
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58791
Resumo: Os primeiros casos de AIDS em mulheres foram registrados em 1983, nessa época a prevalência no sexo masculino era expressivamente maior do que no sexo feminino e existia o estigma de que essa doença acometia apenas homens, mulheres transgênero, usuários de drogas injetáveis e profissionais do sexo. No entanto, a AIDS alastrou-se silenciosamente entre as mulheres cisgênero e heterossexual, e 40 anos depois, a feminização da epidemia mostrou-se uma realidade pelo aumento de novos casos. Considerando essa situação, sabe-se que a antiga concepção de grupos de risco não sustenta a realidade atual da infecção, o que exige a identificação da população feminina em situação de vulnerabilidade por condições tanto biológicas, referentes a características específicas dos órgãos sexuais femininos, como por condições sociais. Em consideração a isso, este artigo tem como objetivo, analisar o perfil epidemiológico de HIV/AIDS em mulheres em idade reprodutiva, de 15 a 39 anos, no Brasil, expondo o quanto esse público é afetado por tal doença na atualidade. Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo, que utilizou dados contidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no período de 2016 a 2021. Nesse período estudado, foram notificados 121.958 novos casos, sendo 70.030 desses na faixa etária de 15 a 39 anos e desses, 16.131 no sexo feminino (29,93%) e 53.899 no sexo masculino (76,97%). Diante disso, mostra que ainda há um predomínio importante na população masculina. Mesmo assim, nota-se que a epidemia da AIDS se estende até as mulheres, sendo necessário além de intervenções comportamentais e biomédicas, uma intervenção estrutural, com ações voltadas aos fatores e condições socioculturais que influenciam diretamente a vulnerabilidade de indivíduos ou grupos sociais específicos ao HIV, envolvendo preconceito, estigma, discriminação ou qualquer outra forma de alienação dos direitos e garantias fundamentais à dignidade humana. 
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