Conhecimento e utilização do diamino fluoreto de prata entre cirurgiões-dentistas do estado do Paraná, Brasil

• Autor(a) principal: Gabardo, Marilisa Carneiro Leão
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Koller, Ingrid Biberg, Wambier, Letícia Maíra, Caldarelli, Pablo Guilherme, Ditterich, Rafael Gomes, Kusma, Solena Ziemer
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62005
• topic: cárie dentária; cariostáticos; odontologia; inquéritos e questionários

O diamino fluoreto de prata (DFP) está inserido no contexto da Odontologia minimamente invasiva para controle e tratamento das lesões de cárie. A proposta deste estudo foi identificar o conhecimento e a utilização do DFP entre cirurgiões-dentistas do estado do Paraná, Brasil. Tratou-se de um estudo exploratório com amostragem intencional, com período de coleta entre agosto a outubro de 2021, em que 100 cirurgiões-dentistas receberam questionário via aplicativo de comunicação telefônica, contendo 22 perguntas. Os dados foram tabulados e analisados em SPSS® versão 25.0. Foram aplicados os testes t de Student e de Qui-quadrado, com nível de significância de 5%. Participaram 60 profissionais, em que 27 (45%) afirmaram utilizar o DFP. As mulheres compuseram 91,7% da amostra total e a média de tempo de formação foi de 15,9 (± 11,7) anos. Maior tempo de formação (p = 0,010) e atuação no serviço público (p = 0,020) foram associados ao uso do DFP. Mais de 40% dos respondentes não sabem qual concentração do produto apresenta melhores resultados e 77,8% o indicam apenas para crianças. Ainda, 70,4% removem tecido amolecido antes da aplicação. Quanto às vantagens do DFP, destacaram-se a ação bactericida/bacteriostática (74,1%) e a não necessidade de intervenções mais invasivas (55,6%). Houve unanimidade ao ser mencionada a questão estética como o fator que limita a indicação do DFP. Concluiu-se que o conhecimento em relação ao uso do DFP entre os cirurgiões-dentistas aqui investigados foi limitado, o que reforça a necessidade de ações de educação permanente e o desenvolvimento de protocolos de utilização do material.