Retalho sural reverso: uma revisão de literatura / Reverse sural flap: a literature review

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Ana Clara Camargo
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: do Vale, Arthur Vasconcelos, de Souza, Clara Martins Resende, Sena, Daniel Martucheli, Avelar, João Victor de Miranda, Vieira, Júlia Diniz Marra, Tuyama, Marina Gontijo, Silveira, Rachel Pimentel Romano, Lopes, Silvia Andrade
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/31258
Resumo: As lesões de partes moles do terço inferior da perna e de estruturas distais a ela são verdadeiros desafios à cirurgia plástica reconstrutora. O fino tecido subcutâneo dessa região, assim como sua pobre vascularização, baixa elasticidade cutânea e presença de proeminências ósseas limitam as possibilidades de retalhos nessa área. Neste cenário, o retalho sural reverso se destaca como uma efetiva possibilidade de reparo. Foi realizada uma revisão bibliográfica integrativa nas línguas inglesa e portuguesa por meio das bases de dados UpToDate, Scielo e PubMed, incluindo artigos publicados entre os anos de 2012 e 2021. Foi observado que a microcirurgia reparadora é a primeira opção para a cobertura cutânea da extremidade distal da perna e estruturas inferiores a ela, porém se restringe aos centros especializados, devido a sua dificuldade técnica. Dessa forma, o retalho sural de fluxo reverso se torna a principal alternativa para reparo dessas áreas. Possui como maior vantagem a facilidade do procedimento, o que garante maior segurança em pacientes idosos ou com comorbidades, já que exige reduzido tempo cirúrgico. Além disso, a técnica permite um amplo arco de rotação e pouca morbidade da área doadora. Apesar de serem descritos na literatura os riscos de necrose parcial e total, congestão venosa e hipoestesia lateral do pé, estes são eventos pouco frequentes nos dias de hoje, quando a técnica operatória é adequada. Com a evolução do procedimento, dentre as alterações que foram sendo introduzidas à técnica original, chama-se a atenção para a dissecção de borda fasciossubcutânea excedendo a porção cutânea do retalho e preservação de faixa de pele sobre o pedículo, o que ajudou a reduzir a incidência de complicações. Conclui-se que o reparo sural reverso é uma ótima opção para a reconstrução de lesões extensas na região distal dos membros inferiores, especialmente quando não se dispõe de equipe treinada em microcirurgia.
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