Síndrome de Behçet: uma abordagem diagnóstica, evolução clínica e revisão
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63070 |
Resumo: | Introdução: A doença de Behçet é uma doença rara, autoimune que por mecanismo ainda não esclarecido, desencadeia inflamação de múltiplos vasos do corpo. Sendo considerada uma vasculite com repercussão sistêmica, a Doença de Behcet atinge homens e mulheres entre os 20 e 40 anos. Apresentação do Caso: Uma mulher de 24 anos, natural do estado de Goiás, procurou uma clínica especializada em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial. Ela apresentava úlceras orais dolorosas, de bordas bem definidas, que se resolviam sem cicatrizes, assim como lesões cutâneas dispersas nos membros inferiores. Além disso, relatava episódios recorrentes de pseudofoliculite nas costas. Ela estava em boa saúde geral anteriormente e não tinha histórico de tabagismo, consumo excessivo de álcool, comportamento de risco ou uso de medicamentos. Também estava sob acompanhamento oftalmológico para tratar uveíte com colírio de Prednisolona. Acrescentou que sofria de úlceras genitais e queixas articulares nos membros inferiores, mas sem febre ou perda de peso. Discussão: Os sinais e sintomas são variados podendo acometer a pele com lesões cutâneas do tipo aftas e úlceras genitais, nos olhos causando uveíte, nas articulações, artrite de difícil controle, e tromboses em veias de qualquer parte do corpo tais como tronco, abdome e membros inferiores e superiores. Quando muito grave, acomete o sistema nervoso central com presença de aneurismas e comprometimento neurológico, o que pode levar a um quadro demencial. De caráter cíclico, a doença apresenta períodos de crise, seguidos de remissão, quando iniciado o tratamento. O diagnóstico é predominantemente clínico, embora existam marcadores genéticos, dentre eles o HLA B51, mas que sua ausência não é capaz de excluir a doença na vigência dos sintomas. Conclusão: Faz-se necessário atentar para a diversidade de possíveis quadros clínicos que esta patologia abrange, a fim de um esclarecimento para exclusão de outras patologias semelhantes desse desafiador grupo de doenças. |
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